Presidentes do PT e do PSB se reunirão para discutir aliança Lula-Alckmin

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Foto: Força Sindical/Foto Públicas

Um dia depois das prévias do PSDB que oficializaram o governador de São Paulo João Doria (PSDB) como pré-candidato do partido à Presidência, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) sinalizou que está inclinado a aceitar ser candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em reunião realizada ontem com sindicalistas, Alckmin teria afirmado que essa hipótese “caminha”.

De acordo com um dirigente que anotou as falas, Alckmin fez um amplo relato do cenário nacional e mundial, mas pouco falou da situação de São Paulo. Destacou que se preparou para governar o Estado, mas que teria surgido a possibilidade federal.

“Ele [Alckmin] afirmou que essa hipótese [de ser vice de Lula] caminha. Disse que os desafios eram grandes e que a reunião de hoje [ontem] era histórica”, afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

A reunião ocorreu com representantes de quatro das seis maiores centrais sindicais: Força Sindical (ligada ao partido Solidariedade), Nova Central, UGT (cujo presidente é filiado ao PSD) e CTB (próxima do PCdoB).

Representantes das duas primeiras pediram explicitamente para que Alckmin aceitasse ser vice de Lula. A CTB defendeu uma “frente ampla” contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Não participaram a CUT, ligada ao PT, e a CSB, aliada do PDT.

Torres avalia que o discurso do ex-governador deixou claro que ele é “candidatíssimo” na chapa com Lula. Na reunião, que ocorreu na Federação dos Químicos de São Paulo, o ex-governador fez elogios ao petista. Disse que Lula tinha bastante trânsito e que conseguia conversar com todo o mundo.

O presidente da Nova Central, José Reginaldo Inácio, avalia que uma chapa presidencial com Lula e Alckmin seria a síntese do que se convencionou chamar de frente ampla para derrotar Bolsonaro, que vai se filiar ao PL hoje.

Presidente da UGT, Ricardo Patah disse que seu partido, o PSD, apoia a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas que participou do encontro por ter ótima relação com Alckmin. “Minha leitura é que ele [Alckmin] vai ser candidato a governador e não a vice-presidente do Lula”, disse. O PSD também disputa a filiação de Alckmin, para lançá-lo ao governo do Estado.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou ontem que a concretização de uma chapa Lula-Alckmin na disputa presidencial “depende de uma série de fatores políticos, inclusive do apoio do PT à candidatura do [ex-governador] Márcio França ao governo de São Paulo”. Ele ressaltou, porém, que “até o momento” não houve “nada de concreto” aventado por representantes do PT nas conversas entre os dois partidos sobre 2022.

Siqueira deverá se encontrar com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nos próximos dias para tratar do assunto. Representantes do PSB de São Paulo trabalham com a expectativa de que o ex-governador Geraldo Alckmin anuncie ainda nesta semana sua desfiliação do PSDB.

Alckmin aguardava o resultado das prévias do PSDB para começar a definir o seu destino. Padrinho político de Doria quando o atual governador resolveu disputar a Prefeitura de São Paulo, em 2016, Alckmin foi preterido na disputa interna pela vaga de candidato tucano ao governo paulista. Doria patrocinou a filiação ao partido do vice-governador Rodrigo Garcia, que foi homologado pela sigla para liderar a chapa estadual em 2022.

No arranjo da chapa Lula-Alckmin imaginada no PSB, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad deixaria de disputar o governo paulista e poderia concorrer a uma cadeira do Senado.

Uma peça destoante da frente seria Guilherme Boulos, do Psol, pré-candidato a governador que vai bem nas pesquisas e que é próximo a Lula. Teme-se que boa parte do eleitorado petista teria mais propensão a votar em Boulos para governador do que em um França aliado com Lula.

Valor Econômico

 

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