A polêmica do “Coronel Siqueira”

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Foto: Reprodução

Além de “cidadão de bem, patriota, viúvo, cristão conservador, hétero convito, de ascendência nórdica, anti-corrupção”, o perfil humorístico no Twitter Coronel Siqueira ganhou mais uma designação: “vivo”. A suposta morte do autor da paródia de um internauta bolsonarista gerou uma guerra de versões nas redes sociais.

Com 181 mil seguidores, a conta faz uma caricatura de um apoiador do presidente Jair Bolsonaro de meia idade — no estilo “tiozão do zap” — que compartilha posições ultraconservadoras, mensagens de um patriotismo burlesco, além de jargões sobre alguns dos alvos preferenciais do bolsonarismo, como a esquerda, o PT, a mídia e o Supremo Tribunal Federal (STF). A identidade do criador do Coronel Siqueira sempre foi oculta.

Na segunda-feira, o portal Diário do Centro do Mundo (DCM) publicou que o suposto autor do perfil, Sérgio Liotte, morreu em São Paulo aos 48 anos. A viúva de Liotte afirmou ao site que seu marido seria o criador da página, que também seria escrita de forma compartilhada por outras pessoas.

Porém, após o DCM noticiar a morte, o próprio perfil de Coronel Siqueira negou a informação no Twitter.

“GALERA, ESSA MATÉRIA DO DCM É 100% FALSA.NÃO SOU E NÃO CONHEÇO O CARA DA FOTO. NÃO TENHO A MENOR IDÉIA DE PORQUE ELES RESOLVERAM PUBLICAR ISSO. NÃO EXISTE UMA LINHA ALI QUE NÃO SEJA INVENTADA”, publicou a conta, sem porém revelar a identidade do autor da publicação.

 

Na revista “Carta Capital”, que publica uma coluna assinada pelo personagem, a morte também foi negada em um texto intitulado “A quem interessaria matar Coronel Siqueira”. Segundo a “Carta”, o criador do personagem não morreu e a conta não seria gerida por um grupo, mas sim por um único administrador que mora na Europa e não em São Paulo como Sérgio Liotte.

A revista publicou ainda uma resposta do suposto autor do personagem, porém sem revelar sua identidade. No texto, ele contou alguns poucos detalhes sobre a origem da página satírica, como de que a imagem do avatar teria sido feita por uma ferramenta que cria rostos ficcionais. Além disso, afirmou que a ideia do perfil surgiu após ficar” impressionado pela loucura dos bolsominions e por tudo que estava acontecendo” no Brasil após as eleições de 2018.

“Não sei quem está mentindo nessa história toda. Talvez o Sérgio (Liotti) tenha falado que o Coronel Siqueira era ele para os amigos, não sei.(…) Não sei nada sobre esse Sérgio, nem a esposa, nem ninguém mais. Essa conta sempre, desde o primeiro dia, foi gerenciada por mim, e somente por mim. Todos os posts foram feitos diretamente da Europa. Nada de São Paulo ou Porto Alegre”, publicou na “Carta” o que seria o real Coronel Siqueira .

Após a repercussão, o perfil criado em dezembro de 2019 chegou a ser tirado do ar. Porém, a página retornou e o autor de Coronel Siqueira utilizou o Space, ferramenta de conversa ao vivo no Twitter, para conversar com seus seguidores. Na conversa, ele voltou a afirmar que seria o único gerenciador da página, mas não se identificou. Nesta quarta-feira, ele publicou no perfil que seguirá com a página de humor.

“VOU CONTINUAR COM O SIQUEIRA, CLARO. REITERO, MAIS UMA VEZ (ESPERO QUE A ÚLTIMA), QUE SEMPRE FUI O ÚNICO DONO DESSA CONTA, CRIADA EM 2019. NÃO SEI QUEM E PORQUE ESSA CONFUSÃO FOI CRIADA. SE VOCÊS JÁ NÃO AGUENTAM MAIS OUVIR FALAR DISSO, IMAGINEM EU”, postou Coronel Siqueira.

O Globo 

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