Avaliação negativa do governo Bolsonaro atinge 50%, diz pesquisa

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro conseguiu estancar a avaliação negativa de seu governo, que era crescente desde agosto, segundo as pesquisas mensais da Genial/Quaest. No novo levantamento, divulgado nesta quarta-feira, 50% dos entrevistados avaliam negativamente o governo federal. Na pesquisa anterior, essa parcela era 56%. A avaliação negativa caiu em todas as regiões do país, exceto no Nordeste, e em todas as faixas de renda ou de escolaridade. A avaliação positiva oscilou de 19% para 21%, e aqueles que consideram o governo regular subiu de 22% para 26%.

Entre agosto e novembro, a avaliação negativa do governo cresceu progressivamente de 45% para 48% e depois de 53% para 56%. A melhora da percepção sobre o governo Bolsonaro foi mais alta na região Sul, onde a diferença entre avaliação negativa e positiva, que era de 35 pontos percentuais, caiu para 14, uma redução de 21 pontos percentuais. No Centro-Oeste, a retração foi de 16 pontos percentuais; no Sudeste, a região mais populosa, foi de 13 pontos, e no Norte, de 11. No Nordeste, a avaliação negativa oscilou um ponto para cima, 61% (20 pontos percentuais acima da região Sul), e a positiva passou de 16% para 14%.

O diretor da Quaest, Felipe Nunes, afirma que o recuo significativo da má avaliação do governo federal pode ser sintetizado pela queda em dois estratos: nos evangélicos e na população com renda até dois salários mínimos. Entre o grupo religioso, a diferença entre avaliação negativa e positiva caiu de 15 pontos percentuais para apenas três: 35% dos evangélicos acham o governo ruim ou péssimo (antes eram 42%) e 32%, ótimo ou bom (antes, 27%), enquanto 30% o consideram regular, frente aos 27% de novembro.

Para Nunes, a melhora expressiva da imagem do governo entre os evangélicos se explica pela aprovação, no Senado, da indicação do ex-ministro da Justiça André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira da semana passada. A pesquisa foi realizada nos quatro dias seguintes, entre quinta e domingo. Os evangélicos representam 28% da amostra.

O segundo estrato, que representa 36% dos entrevistados, é a população de menor renda, na qual a avaliação negativa de Bolsonaro caiu de 60% para 53%, e a positiva subiu de 15% para 17%, o que fez a diferença entre avaliação negativa e positiva retrair a nove pontos percentuais.

Nunes atribui a melhora a um efeito já produzido pelo anúncio do Auxílio Brasil, que concederá benefício de R$ 400. “Isso parece já ter gerado uma expectativa positiva. Parte do resultado geral se explica pelos evangélicos e outra pelo que aconteceu com a população de baixa renda”, diz.

O pesquisador e professor da UFMG afirma que Bolsonaro “achou o jeito de parar de sangrar”. Além das entregas a esses grupos específicos do eleitorado, o presidente mudou de comportamento desde os atos antidemocráticos de 7 de setembro. Tornou-se mais brando, ficou mais “quietinho” e virou um político tradicional, diz Nunes, deixando para trás a imagem de um outsider que se volta contra as instituições: “Está fazendo entregas para sua base”.

Os resultados só não foram colhidos no mês passado porque outubro ficou marcado por um momento de alta da inflação, que ainda não passou, mas cujo efeito psicológico já não é mais o mesmo do susto maior. “O governo não melhorou, mas não piorou. Estancou o problema”, afirma.

A pesquisa entrevistou 2.037 pessoas, presencialmente, em todo o Brasil.

Valor Econômico

 

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