Bolsonaro perdeu a guerra da vacina

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Foto: Rodrigo Paiva/Getty Images

O Brasil passou o dia 17 de janeiro, um domingo calorento, em frente à TV. Havia um certo clima de Copa do Mundo, com a diferença de que, naquele dia, a decisão dizia respeito a esperança. Pela manhã, técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram, com transmissão ao vivo de Brasília, para analisar o pedido de uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 da CoronaVac, fabricada pela empresa chinesa Sinovac e produzida no país pelo Instituto Butantan, e da Oxford-AstraZeneca, resultado de uma parceria da universidade inglesa com a farmacêutica do mesmo país. Os imunizantes mal haviam sido liberados quando, em São Paulo, a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, recebeu a primeira dose de CoronaVac no centro de vacinação montado nas dependências do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Naquele momento, o país enfrentava a segunda onda da doença, iniciada com a volta da subida de casos em novembro de 2020, depois de quatro meses de estabilidade. Enquanto os brasileiros viviam o inferno do colapso na saúde, com o Amazonas registrando a morte de pacientes por falta de oxigênio, nos Estados Unidos e na Inglaterra a campanha de imunização deslanchava. A dose de CoronaVac aplicada em Mônica foi um instante de alívio. Nas semanas seguintes, porém, parecia que mais uma vez o Brasil patinaria no enfrentamento da pandemia. Houve atrasos na entrega do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), problemas de distribuição de doses e o desabastecimento em unidades de saúde em várias cidades. Superadas as dificuldades, 2021 termina com o Brasil ultrapassando os Estados Unidos no total da população completamente vacinada, à revelia do negacionismo do presidente Jair Bolsonaro. A vitória da vacina se deve à estrutura de vacinação do SUS, cuja capilaridade cobre as regiões mais remotas do território, e à aceitação dos imunizantes pelos brasileiros, que desde o início se mostraram muitos mais favoráveis às vacinas do que outros povos. Graças ao avanço da vacinação, o total de mortes e hospitalizações caiu e os hospitais, tanto públicos quanto privados, retomaram o atendimento a outras enfermidades. Viva a ciência.

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