Jornal conservador faz campanha contra chapa Lula-Alckmin

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Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Parece estar aumentando o empenho da imprensa antipetista em instigar a resistência a Geraldo Alckmin dentro do PT. Confira matéria do Estadão nesse sentido

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A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) afirmou, nesta quarta-feira, 22, que uma aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin em 2022 seria “um equívoco”. Relembrando a relação entre a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Michel Temer, ela disse que o ex-tucano tem “características golpistas” e que tê-lo como vice em uma chapa no PT seria “uma piada de mau gosto depois do que nós passamos em 2016” – numa alusão ao impeachment da ex-presidente.

“A gente sabe que Alckmin não está saindo do PSDB porque rompeu com uma política neoliberal. Ele foi derrotado dentro do partido”, disse durante o programa Giro das 11 da TV 247.

Natália também acredita que Alckmin faz parte de um grupo apontado por ela como “algozes do nosso povo” e que a aliança não traria mais governabilidade. “Esse é um caso de que a junção na verdade vai significar uma subtração.”

A deputada considera que o palanque com o ex-tucano abre margem para o presidente Jair Bolsonaro (PT) “fazer um discurso antissistema”. “Então não acho que isso deixa mais fácil ganhar. Muito pelo contrário”, afirmou.

Pesquisa recente da Genial/Quaest apontou que um eventual palanque com Lula e Alckmin não é consenso entre potenciais eleitores do PT. Ainda que muitos apoiadores do ex-presidente fiquem mais propensos a votar no PT em 2022, uma parcela perde o interesse com a chegada do ex-tucano.

Caso Ratinho

A Associação Juízes para a Democracia (AJD) manifestou em nota publicada nesta quarta-feira, 22, repúdio à fala do apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, que sugeriu “pegar uma metralhadora” contra a deputada federal Natália Bonavides após ela apresentar um projeto de lei que acaba com os termos “marido e mulher” em celebrações de casamento.

“As declarações de Ratinho foram uma reação violenta em face de projeto de lei apresentado pela deputada federal”, diz o comunicado. Na fala veiculada na quarta-feira passada, 15, na rádio Massa FM, o apresentador também disse para a apresentadora “lavar roupa, costurar a calça do seu marido, lavar a cueca dele”.

“A gente tinha que eliminar esses loucos. Nem dá pra, o quê, pegar uma metralhadora?”, perguntou Ratinho em seguida. A AJD prestou solidariedade a Natália Bonavides e classificou as falas do radialista como “machistas e arcaicas” e que “recusam à mulher seu lugar nos espaços públicos de poder”.

O texto da associação ainda diz que a manifestação “não se insere no campo do direito à liberdade de expressão”, e afirma que as declarações do apresentador “podem ensejar responsabilidades no campo cível, administrativo e até mesmo penal”.

Um dia seguinte à fala de Ratinho, as procuradoras Raquel Branquinho e Nathália Mariel Ferreira de Souza, coordenadoras do Grupo de Trabalho para Prevenção e Combate à Violência Política de Gênero do MP Eleitoral, protocolaram um requerimento à Procuradoria Regional Eleitoral em Brasília sugerindo a abertura de investigação sobre os ataques à parlamentar. No texto apresentado, elas viram indícios de violência psicológica.

As declarações veiculadas na rádio geraram reações de parlamentares nas redes sociais. “Essa postura machista grotesca do Ratinho é inadmissível. A Câmara dos Deputados tem que se manifestar contra essa violência”, disse o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ).

Natália Bonavides afirmou ao Estadão que acionou a Procuradoria da Mulher na Câmara, órgão que representa judicialmente deputadas vítimas de violência e discriminação. “A declaração foi absurda e criminosa porque incitou violência contra mim. Isso vai ser apurado e investigado, disse a deputada. “Vamos tomar medidas também em relação à rádio, que é uma concessão pública, o que torna ainda mais grave o acontecido.”

A reportagem entrou em contato com a assessoria do apresentador Ratinho e da rádio Massa FM, mas não teve resposta até a publicação deste texto.

Estadão

 

 

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