
Mendonça falará mal da Lava Jato para tentar se viabilizar
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Na sabatina esperada para esta quarta-feira (1º), o ex-ministro da Justiça André Mendonça deve mostrar seu descolamento da Lava Jato e ressaltar divergência com a operação investigativa.
Segundo relato feito à CNN, o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao STF (Supremo Tribunal Federal) foi instruído e pretende fazer um relato minucioso do encontro que teve com procuradores da Lava Jato quando era responsável pelos acordos de leniência na AGU (Advocacia-Geral da União).
A reunião, ocorrida em 2019, tem sido usada por senadores contrários a Mendonça para associá-lo à operação policial que sofre resistências de parte da classe política.
Em discurso, programado para ser realizado durante a sabatina, Mendonça ressaltará que não teve proximidade com a Lava Jato e que, inclusive, teve divergência pela falta de critérios para devolução de recursos por meio de acordos de leniência fechados com empresas investigadas por indícios de corrupção.
Na sabatina, o indicado do presidente pretende fazer uma exposição técnica de sua atuação na área jurídica, ressaltando que, caso confirmado pelo Senado, cumprirá à risca a Constituição Federal, obedecendo o princípio do estado laico.
A linha desenhada para Mendonça inclui também a tentativa de o indicado se dissociar de Bolsonaro, alegando que, na Suprema Corte, não terá mais função governativa é que, portanto, não atuará para beneficiar a atual gestão.
Após mais de quatro meses de espera, o presidente da CCJ (Comissão de Constitucional e Justiça) do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou para esta quarta-feira (1) a sabatina de Mendonça ao STF.
Pelas contas feitas tanto por adversários como por aliados de Mendonça, o indicado à Suprema Corte conta com apoio suficiente para ser aprovado pela CCJ. A dúvida é no plenário, onde o placar atual é considerado de uma vitória apertada.
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