O pior inimigo de Bolsonaro é…

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Foto: HUGO BARRETO/ Metrópoles

Jair Messias Bolsonaro faz questão de ser o maior adversário do presidente Jair Bolsonaro. O deputado federal do baixo clero, cansado de frequentar a Câmara por quase 30 anos, resolveu ajudar a carreira política dos seus três filhos zero. Um dia acordou e disse para espanto de todos: “Vou ser candidato a presidente”.

Se tudo desse certo, Flávio saltaria de deputado estadual no Rio para senador; Eduardo, deputado federal por São Paulo, se reelegeria; e Carlos, vereador no Rio, também. Com uma gorda aposentadoria, Bolsonaro iria desfrutar o resto da vida na companhia de sua filha caçula e da mulher, Michelle.

Uma parte do plano realizou-se e os três filhos ficaram ok. Outra parte, não, e ele se elegeu presidente sem nenhum preparo para tal, sem dispor de um projeto para o país, e sem ter com quem governar, a não ser ex-colegas de caserna, um economista à procura do reconhecimento, e um bando de oportunistas.

Jair Messias Bolsonaro está prestes a se reconciliar com o destino que havia traçado para si mesmo, mas antes disso ainda causará severos danos ao presidente Jair Bolsonaro e, por tabela, ao país. Dois em cada três brasileiros têm medo de conviver com pessoas que não tomaram nenhuma dose de vacina contra a Covid.

É o que descobriu pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para 65% dos entrevistados, “os estabelecimentos comerciais e outros lugares devem exigir o comprovante de vacinação como condição para os clientes entrarem nos mesmos”. Então, o que fez Jair Messias Bolsonaro?

Resolveu sabotar o passaporte de vacinas. Orientou Kássio Nunes Marques, o ministro do Supremo Tribunal Federal que chama de seu, a abortar com um pedido de vista o julgamento que discutia a exigência do comprovante de vacinação para estrangeiros que queiram entrar no Brasil. Nunes Marques obedeceu.

Oito ministros, dos 11, já haviam votado a favor de manter a decisão do relator do caso, Luís Roberto Barroso, que determinou a obrigatoriedade. O julgamento, agora, só será retomado no ano que vem. Continua valendo a decisão individual do ministro Barroso. Foi só para atrapalhar o presidente Jair Bolsonaro.

Não satisfeito, Jair Messias Bolsonaro quer saber os nomes dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que liberaram a vacinação de crianças a partir dos 5 anos. Sua pretensão é livrar-se deles, mas não será fácil. O almirante que preside a Anvisa dá-lhes proteção e não pode ser demitido.

Com a intenção de afundar mais um pouco o governo do presidente e renovar a licença para que o vírus siga circulando à vontade, Jair Messias Bolsonaro orientou seu também capacho, o médico Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, a retardar o quanto puder a compra de vacinas para as crianças. Queiroga obedeceu.

Lula dispensa tamanha ajuda de um aliado improvável para se eleger presidente pela terceira vez.

Metrópoles 

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No alvorecer de 2017, o blogueiro Eduardo Guimarães foi alvo de operação da Polícia Federal não por ter cometido qualquer tipo de crime, mas por ter feito jornalismo publicando neste Blog matéria sobre a 24a fase da Operação Lava Jato, que focava no ex-presidente Lula.

O Blog da Cidadania representou contra grandes grupos de mídia na Justiça e no Ministério Público por práticas abusivas contra o consumidor, representou contra autoridades do judiciário e do Legislativo, como o ministro Gilmar Mendes, o juiz Sergio Moro e o ex-deputado Eduardo Cunha.

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