PEC da prisão em 2a instância será votada após 14 meses
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da prisão em segunda instância deve ser votada nesta terça-feira na comissão especial do tema na Câmara dos Deputados, 14 meses após apresentação do relatório. A proposta, de autoria do deputado Alex Manente (Cidadania-SP), define que o trânsito em julgado — momento em que, segundo a Constituição, o condenado criminalmente é considerado culpado e começa a cumprir pena — acontece após a segunda instância. Ainda não há data para a votação em plenário, que depende do presidente Arthur Lira (PP-AL).
Para a prisão ocorrer após a condenação em segunda instância, a proposta acaba com os recursos extraordinário e especial ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). O relatório do texto, de Fábio Trad (PSD-MS), apresentado em setembro do ano passado, expande essa alteração também para o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como não havia apoio o suficiente para a proposta ser aprovada pela Câmara, ela ficou parada na comissão desde 2019, quando foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O presidente da comissão, Aliel Machado (PSB-PR), disse que espera que a proposta seja votada em plenário “o mais rápido possível”.
— O que eu estou construindo é a votação na comissão, que vai dar um norte. Quem é contrário quer que a proposta morra na comissão — diz Machado.
Lira se comprometeu a levar a proposta para o plenário quando fosse aprovada pela comissão, segundo o presidente da comissão.
Machado disse que a proposta irá simplificar o sistema jurídico em todas as áreas, não apenas criminal. Após julgar o mérito de uma ação na segunda instância, a sentença poderá ser cumprida também para questões tributárias e civis.
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