Presidente do PSDB paulista se desfilia atirando no partido

Foto: Reprodução

Presidente do PSDB de São Paulo por três mandatos e um dos principais aliados do ex-governador Geraldo Alckmin no partido, o ex-deputado Pedro Tobias se desfiliou nesta quinta-feira (16), depois de 30 anos na legenda. Em uma carta de despedida, ele criticou a sigla por não respeitar lideranças históricas, disse que o PSDB “tem dono” e “está à beira da morte”.

O ex-dirigente disse que o PSDB não segue mais os legados de sua fundação, em 1988. “Hoje, infelizmente esses princípios não existem mais no PSDB centralizador, tocado apenas por vaidades pessoais ou projetos eleitorais. Assim, só nos resta o caminho da desfiliação da legenda que tem dono e está à beira da morte”, afirmou Tobias.

Tobias foi um dos principais defensores da candidatura de Alckmin ao governo de São Paulo em 2022 pelo PSDB. Alckmin, no entanto, não conseguiu apoio dentro do partido para lançar-se. O governador de São Paulo, João Doria, que tem forte influência sobre o diretório paulista, articulou a migração de seu vice, Rodrigo Garcia, do DEM para o PSDB, para ser o candidato tucano em São Paulo. Doria disse a Alckmin que se ele quisesse disputar o Estado, teria que enfrentar Garcia em uma prévia. Alckmin negou a proposta.

Isolados por Doria, Alckmin e Pedro Tobias articularam apoio em São Paulo ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, contra o governador paulista na disputa pela prévia nacional. Doria venceu Leite na prévia, no fim de novembro, e foi escolhido como o pré-candidato do PSDB à Presidência.

Outro tucano que deixou a legenda foi o ex-prefeito Alberto Mourão, que comandou a cidade de Praia Grande, no litoral paulista. Mourão ficou filiado no partido por 18 anos.

Valor Econômico

 

 

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