PSDB quer expurgar bolsonaristas

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Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Em meio à insatisfação de uma ala da legenda com a vitória do governador de São Paulo, João Doria, nas prévias tucanas, a cúpula do PSDB já contabiliza as baixas na bancada federal na janela para o troca-troca partidário que será aberta em abril. Os cálculos preliminares são de que pelo menos 15 deputados devem migrar para siglas da base governista, como o PL.

“Os deputados que estavam com o [governador do Rio Grande do Sul] Eduardo Leite não estavam com ele, estavam contra o Doria”, disse ao Valor a deputada Mara Rocha, do Acre, referindo-se ao segundo colocado na disputa para a vaga de presidenciável do PSDB. Aliada declarada do presidente Jair Bolsonaro, a parlamentar vai trocar o PSDB pelo PL, sigla a qual o mandatário se filiou no dia 30. A partir das conversas internas, ela projeta que metade da bancada deve deixar o PSDB em abril.

Atualmente o partido conta com 33 deputados federais no exercício do mandato e pelo menos dois licenciados. Segundo Mara Rocha, alguns colegas devem optar pelo Podemos, que lançou o nome do ex-juiz Sergio Moro à sucessão presidencial. Mas isso não é provável.

Ontem o governador João Doria e o ex-ministro encontraram-se, em São Paulo, na casa da deputada Renata Abreu, presidente do Podemos. Um gesto que neutralizou o peso do encontro entre Leite e Moro no dia 4, em Porto Alegre.

“O encontro foi positivo para a construção de uma base de centro liberal com sentimento de proteção do Brasil e dos brasileiros”, declarou Doria, por meio de sua assessoria de imprensa. O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, também participou do encontro. Em suas redes sociais Moro preferiu destacar encontro com outro presidenciável, o cientista político Luiz Felipe d’Avila, que tenta se viabilizar pelo Novo. Os dois almoçaram juntos, algumas horas antes do encontro com Doria.

Ao Valor, ainda antes do encontro entre Doria e Moro, também por meio de assessoria, o próprio Eduardo Leite destacou que a sua conversa com o presidenciável do Podemos foi um gesto de diálogo entre atores da terceira via. “O próprio governador Doria referiu que se encontraria com Moro. Então não há qualquer contramão ou contradição”, disse.

Aliada de primeira hora de Doria, a deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP) disse ao Valor que a saída da ala governista do PSDB está precificada. “Os incomodados que gentilmente se mudem”. Para Joice, é “mentira”, “conversa fiada” o argumento de que deixarão o PSDB porque não concordam com a escolha de João Doria como presidenciável da sigla.

“Eles estão indo para o PL porque o partido faz parte do Centrão e mete a mão em bilhões do orçamento secreto, porque manda e desmanda com o PP no governo”, afirmou.

Segundo Joice, em contrapartida, outros deputados ingressarão no PSDB porque “é o partido que detém os maiores e melhores quadros do Brasil”. Ela afirma que a “bancada do PSDB de São Paulo, por exemplo, é sem dúvida nenhuma uma das mais preparadas da Câmara”.

Já o deputado Danilo Forte (PSDB-CE) teme o encolhimento do partido. Ele afirma que as prévias foram relevantes para movimentar o partido nos Estados, mas cobra pressa de Doria para deflagrar a pré-campanha junto aos diretórios estaduais, e evitar a perda de quadros federais.

“Como foi muito antecipada a disputa presidencial, a eleição de deputado federal virou a mais concorrida por causa do fundo partidário, isso requer preocupação prioritária”, advertiu. Forte alerta que Doria precisa cuidar da estrutura partidária nos Estados, para fazer o PSDB crescer.

Forte é dissidente no Ceará, onde a principal liderança da legenda, o senador Tasso Jereissati, apoiou nas prévias o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. “Doria tem mais condições de montar o projeto presidencial pelo peso e importância de São Paulo, mas ele precisa agilizar isso”, cobrou.

Valor Econômico

 

 

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