Especialistas defendem vacinação infantil obrigatória
Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
Na avaliação da cardiologista Ludhmila Hajjar, a vacinação contra covid-19 em crianças deveria ser obrigatória. “Nossa liberdade termina quando afeta a do outro. No momento que eu escolho, por ignorância, fake news, não vacinar meu filho, ele vai para escola e pode transmitir a doença para outra criança, professor e manter o vírus circulando”, disse ao UOL News hoje.
Hajjar explicou que a doença causada pelo coronavírus pode levar as crianças à morte. “A covid-19 é uma doença grave, que gera tanto complicações a curto prazo, quanto a longo prazo. Nas crianças, pode levar à hospitalização e morte, além de sequelas agudas e crônicas.”
A primeira vacina contra covid-19 foi aplicada em Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, que é indígena da etnia xavante e realiza tratamento médico para uma doença motora rara em São Paulo. Outras 14 crianças com comorbidade também receberam suas primeiras doses na sexta-feira (14).
Já para o médico e advogado sanitarista Daniel A. Dourado, a vacinação infantil contra a doença só deve ser obrigatória quando o número de doses necessário para imunização estiver definido.
“Acho cedo tratar de obrigatoriedade, ainda não temos o esquema vacinal completou, mas sou favorável à obrigatoriedade”, avaliou, também em entrevista ao UOL News.
Durante a conversa, o advogado sanitarista também defendeu a deportação do tenista Novak Djokovic da Austrália, por não ter se vacinado contra a covid-19. “Não se vacinou porque não quis. Vejo como uma sinalização positiva da sociedade internacional.”
Djokovic desembacou em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, depois de ser deportado da Austrália ontem. O tenista número 1 do mundo perdeu a chance de disputar o Australian Open ao não se vacinar contra a covid-19.
O voo de volta, o UAE409, que saiu de Melbourne e foi operado pela Emirates Airlines, chegou na manhã de hoje no horário do país árabe.
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