França quer que disputa entre ele e Haddad seja dirimida por pesquisas

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Foto: Silvia Zamboni/Valor

O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) defendeu a avaliação de pesquisas eleitorais como critério para definição do nome que deve disputar o governo paulista. O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) também é pré-candidato.

PT e PSB articulam a criação de uma federação partidária, mas o prazo curto estabelecido pelo TSE (1º de março) e impasses regionais têm inviabilizado a união.

“Eu quero ser candidato em São Paulo. O ex-presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] falou ontem sobre pesquisas para definir quem vai disputar. Embora as pesquisas nem sempre são certeiras, mas pelo menos é um critério objetivo. Acho que é uma boa saída”, disse França.

Ele participou de reunião nesta quinta-feira em Brasília com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

Até o momento, nos principais levantamentos, Haddad aparece na frente de França. De acordo com a última pesquisa do Datafolha, divulgada no fim de 2021, o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) liderava com 28%, seguido por Haddad, com 19%, e Márcio França, com 13%.

A expectativa é de que, sem Alckmin na disputa estadual, o quadro eleitoral seja bastante alterado. O ex-governador é cotado para ser vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No encontro, PT e PSB decidiram que vão começar a debater os impasses eleitorais nos Estados a partir da próxima quinta-feira. “Vamos começar por Pernambuco”, informou Gleisi Hoffmann. “Lá, o PSB tem preferência na indicação (do candidato). Queremos debater essa unidade. Vamos fazer calendário com os outros estados”, completou. Além de PT e PSB, vão participar das reuniões o PCdoB e o PV.

A dirigente do PT explicou que o partido lançou a pré-candidatura do senador Humberto Costa em Pernambuco porque o candidato natural do PSB, que seria o ex-prefeito do Recife Geraldo Julio, desistiu de se candidatar.

Sobre a disputa em São Paulo, Gleisi avaliou que a candidatura de Fernando Haddad é essencial. “Vamos marcar uma reunião com São Paulo. O PSB entende que a candidatura de Márcio França é importante. Com muito respeito entre nós, temos que chegar a um denominador comum”, avaliou.

Ao contrário do critério de avaliação de pesquisas para definir os candidatos, Carlos Siqueira ponderou que as alianças não podem ser matemáticas. “Na Bahia, por exemplo, estamos apoiando o Jaques Wagner (PT) e ele não está no primeiro lugar nas pesquisas”, disse.

Ele destacou que o entendimento político precede o eleitoral. “Temos que focar na precedência da política”, afirmou.

No plano nacional, Siqueira ratificou que o PSB vai apoiar o ex-presidente Lula. “Desde o início temos defendido uma frente ampla, que contemple a esquerda e o centro. Entendemos que a conjuntura nacional é de um retrocesso profundo. Neste sentido, Lula é quem melhor encarna a possibilidade de um enfrentamento”, afirmou.

No encontro, os partidos também definiram que vão entrar com recurso na próxima semana no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo prolongamento de prazo para formação da federação. Pela regra atual, as legendas têm até 1º de março para solicitar o registro formal da criação das associações.

O pedido será assinado pelo PT, PSB, PCdoB e PV. O Supremo Tribunal Federal deve julgar, no início de fevereiro, a validade das federações. A possibilidade de formar federações surge após o fim das coligações e representa um mecanismo para driblar a cláusula de barreira (ou cláusula de desempenho) imposta a siglas com baixas votações. A legenda que não conquistar um mínimo de votos fica sem acesso a recursos do fundo partidário e sem tempo de propaganda partidária em rádio e TV.

Ao contrário das coligações, os partidos federados são obrigados a lançarem chapas conjuntas em todos os Estados e a atuarem unidos por quatro anos no Congresso e nas Assembleias.

Valor Econômico  

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