Moro nega que precise de foro privilegiado
Foto : Cristiano Mariz/O Globo
O ex-juiz Sergio Moro desmentiu nesta segunda-feira (03) que vá concorrer ao Senado, caso fracassem seus planos de alcançar o Palácio do Planalto. Ele rebatia reportagem veiculada hoje pelo UOL. “Sou pré-candidato à Presidência, não ao Senado”, afirmou, categórico.
O UOL informou hoje que o ex-ministro de Jair Bolsonaro poderia concorrer ao Senado caso não decolasse nas pesquisas de intenção de voto à Presidência da República até fevereiro. Segundo a reportagem, com 9% das intenções de voto nas pesquisas de intenção de votos, Moro ainda não teria decidido se vai concorrer ao Palácio do Planalto, ou se lança mão do plano B: disputar uma cadeira no Senado.
“Interlocutores próximos de Moro afirmam que, se ele não chegar a 15% nas enquetes até fevereiro, vai abandonar a intenção de assumir o lugar de Jair Bolsonaro e abraçará a meta de ser senador em 2023”, diz o UOL.
A matéria diz ainda que, no entorno de Moro, a avaliação é de que o ex-magistrado precisará ter um mandato no próximo ano, seja ele qual for. ”A ideia teria se cristalizado depois que o ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União), mandou a consultoria americana Alvarez & Marsal revelar os serviços prestados e os valores pagos a Moro. O ex-juiz foi contratado pela empresa em abril, logo depois de deixar o Ministério da Justiça. Em outubro, ele largou o emprego para se lançar pré-candidato”.
Alvarez & Marsal é o escritório que atuou como administrador judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava-Jato – e, portanto, alvo de decisões de Moro na época que conduzia os processos em Curitiba.
Sobre isso, Moro disse, no Twitter, que sempre foi contra o foro privilegiado e que não precisa de mandato. “Não tenho receio de qualquer investigação, muito menos a de Ministro do TCU sobre fato inexistente. A jornalista publicou a matéria sem ouvir a parte envolvida. Estou focado na construção de projetos para o Brasil”, conclui, na rede social.
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