Prefeito de Amparo (SP) diz que terceira onda de covid é pior que as anteriores

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Foto: Reprodução

A cidade de Amparo, a cerca de 130 quilômetros da capital paulista, retomou as restrições após ver a média de casos de covid-19 por dia crescer 59 vezes entre dezembro e janeiro.

No mês passado, segundo dados da prefeitura, eram, em média, dois casos de covid-19 por dia. Nos seis primeiros dias de janeiro, a média diária passou para 118. Ao longo do ano passado, o pior momento em relação a infecções foi em maio, com uma média de quase 42 casos por dia no mês.

“A pandemia estava sob controle”, disse ao UOL o prefeito Carlos Alberto Martins (MDB). “Passamos dias e dias sem ter nenhum contaminado, muito tempo sem ter óbitos. UTIs e enfermarias estavam praticamente vazias.”

A situação começou a mudar a partir de 28 de dezembro, segundo o prefeito, com os casos aumentando. “Estamos em uma situação muito pior, em matéria de contágio, do que do pior momento da pandemia do ano passado, em maio, quando fomos obrigados a decretar o lockdown.”

A partir da noite de hoje, a cidade —com população estimada em 72 mil habitantes— não permitirá que bares e restaurantes recebam clientes para atendimento presencial após as 22h.

A circulação de pessoas e o consumo de bebidas alcoólicas também estão proibidos depois das 23h em áreas públicas. Festas e atividades que gerem aglomerações não podem mais ser realizadas.

Segundo Martins, essas medidas buscam “dar uma controlada, chamar atenção da população para que tenha consciência que agora a situação é difícil, porque o contágio dessa ômicron está muito rápido”.

O prefeito exalta a vacinação, responsável por fazer com que as internações não avancem na cidade no mesmo ritmo da contaminação do vírus. Segundo Martins, cerca de nove em cada dez pessoas está com esquema vacinal completo na cidade.

Os postos de saúde e hospitais de Amparo, porém, estão com as áreas de pronto-atendimento lotadas por conta de pessoas com quadro gripal ou suspeita de covid-19, de acordo com ele. “A vacina que não deixa agravar. Isso é muito importante”, afirma Martins, ressaltando que “80% de quem está internado não tomou vacina.”

Assim, o comitê municipal que analisa a situação da covid-19 indicou ao prefeito as restrições para diminuir as aglomerações na cidade e para baixar o contágio.

Para acompanhar a situação, ele ordenou a compra de cerca de 22 mil testes rápidos. “O segredo é: testou, isolamento. Igual a mim”, disse o prefeito, que neste momento está com covid-19.

Segundo Martins, ele recebeu o diagnóstico no dia 30 de dezembro. Em casa, sua esposa estava com dor de garganta. As filhas, de sete e 11 anos, também contraíram o vírus. Ele ficará em isolamento até 9 de janeiro. Segundo o prefeito, ele se infectou na festa de Natal de uma parente que estava assintomática.

Por causa do diagnóstico, o prefeito não pôde ir, na manhã de hoje, ao enterro de sua avó paterna, quem considerava uma segunda mãe. Ela faleceu após sofrer um infarto. “É muito dolorido. Por eu estar com covid, não pude me despedir da minha avó.”

O prefeito reforçou que as restrições são importantes porque Amparo é o apoio para oito cidades da região —uma das áreas turísticas do estado—, “que dependem dos nossos leitos de UTI e enfermaria”. “Amparo é a primeira a sentir”, disse. A ocupação de UTIs, hoje, está em 30% na Santa Casa e de 50% na Beneficência Portuguesa de Amparo.

Se a ocupação de leitos de UTI crescer nos próximos dias, Martins indica que “medidas mais duras serão adotadas”. Mas ele acredita que as restrições de agora serão suficientes para que a situação melhore.

“Agora, Deus que nos livre disso, mas, se começar a aumentar o número de pessoas internadas, e chegar a 75%, 80% a ocupação dos leitos de UTI, aí certamente as medidas serão mais rígidas”, disse.

Uol 

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