Bolsonaro diz a Frias que não era hora de torrar dinheiro público

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Foto: Marcos Corrêa/PR

A revelação de que o secretário especial da Cultura do governo federal, Mario Frias, gastou R$ 39 mil numa viagem a Nova York, com direito a viagem em classe executiva, irritou profundamente o presidente Jair Bolsonaro.

Nas palavras de um auxiliar presidencial, Bolsonaro ficou uma “fera” ao saber que o secretário gastou o montante de dinheiro público para se encontrar com o lutador de jiu jitsu aposentado Renzo Gracie, em dezembro de 2021.

Segundo apurou a coluna, o presidente ligou para Frias no sábado (12/2), para dar uma bronca. Na ligação, aproveitou e informou diretamente que, por sua ordem, estava cancelada a viagem do secretário à Rússia e à Hungria.

Frias e outros quatro integrantes da Secretaria de Cultura acompanhariam Bolsonaro na viagem a Moscou e Budapeste, realizada na semana passada. Na sequência, os quatro iriam para Varsóvia, na Polônia, para uma agenda da secretaria.

Oficialmente, a Secretaria da Cultura informou que a viagem foi cancelada por “orientação da Presidência”, que solicitou a redução da comitiva de todos os ministérios que iriam para as agendas na Rússia e Hungria.

Pressão de outros ministros
A coluna apurou que Bolsonaro já tratou da situação de Mario Frias com o ministro do Turismo, Gilson Machado, a quem a Secretaria da Cultura está subordinada. O ministro e o secretário têm relação conturbada.

Além de Gilson Machado, Frias enfrenta duras críticas de militares que atuam no governo e até de parlamentares e apoiadores da chamada ala ideológica.

Apesar da pressão, ministros palacianos dizem que Bolsonaro não pretende exonerar Frias agora, para evitar um “estresse desnecessário”. O secretário já decidiu deixar o cargo até o fim de março para disputar as eleições de outubro.

Metrópoles