Cratera do metrô paulistano reacende debate sobre privatizações

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Foto: Leandro Martins / Estadão

O desmoronamento nas obras da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo gerou grande repercussão política nas redes sociais. Levantamento feito pela consultoria Bites a pedido do Estadão mostrou que houve 27,1 mil menções ao acidente no Twitter nesta terça-feira, 1º, sendo que, destas, 4,71 mil relacionavam diretamente o episódio ao governo de João Doria (PSDB). O pico de publicações ocorreu nas primeiras horas após o desabamento, até as 11h.

Entre as mensagens com maior índice de compartilhamento, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) culparam o gestor paulista pelo desmoronamento e aproveitaram o ocorrido para promover a imagem de Tarcísio de Freitas, provável candidato do Planalto para o governo do Estado. Do outro lado do espectro político e com menor volume de publicações, influenciadores e políticos de esquerda usaram o acidente para se manifestar contra as privatizações.

Pré-candidato ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) usou o episódio para criticar as privatizações. As obras são feitas em regime de Parceria Público-Privada (PPP) entre o Estado e a concessionária Linha Universidade, que será a responsável pela operação da linha.

 

A vereadora Luana Alves, também do PSOL, comparou o desabamento à abertura de uma cratera nas obras da estação Pinheiros, em 2007, e destacou que ambos os acidentes têm em comum a privatização. “E quem paga a irresponsabilidade é o povo paulistano”, ela escreveu.

O tom eleitoral das críticas visa não apenas Doria, mas também a pré-candidatura do atual vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que deve assumir o Executivo em abril e disputar a reeleição. Nas redes sociais, políticos da extrema direita à esquerda radical convergiram em torno do termo “selo PSDB de qualidade”, reprovando a administração da legenda no Estado. Os tucanos estão à frente da gestão paulista desde 1995, com a eleição de Mário Covas (1930-2001).

Nesta quarta-feira, 2, o volume de publicações sobre o acidente caiu para 6,53 mil, com 556 publicações menções diretas ao governador de São Paulo. Assim como ocorreu no primeiro dia, as mensagens mais compartilhadas se dividem entre perfis de esquerda e direita. Segundo o levantamento, Garcia foi pouco mencionado em publicações no Twitter na quarta-feira.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) reproduziu o vídeo do desabamento em suas redes sociais. Mesmo sem mencionar diretamente o nome de Doria, a publicação foi recebida como um aceno ao governador e inundada de comentários críticos ao gestor paulista. No Twitter, bolsonaristas tentaram emplacar a hashtag “#ChamaOTarcisio”.

O secretário da Cultura do governo federal, Mario Frias, sugeriu que, “ao contrário de Bolsonaro”, Doria está mais preocupado em obter palanques eleitorais do que com a população. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) também se manifestaram sobre o tema e lançaram críticas ao governador.

Também bolsonarista, o deputado estadual Gil Diniz anunciou que vai colher assinaturas para protocolar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a culpabilidade de Doria no desabamento.

O diretório estadual do PT também saiu ao ataque. Assim como os aliados do presidente, o partido foi às redes sociais pedir investigação e responsabilização do governo Doria pelo ocorrido. Parlamentares da legenda foram na mesma linha e culparam o tucano pela abertura da cratera. O deputado estadual Paulo Fiorilo afirmou que o desmoronamento representa a “obra padrão de ano eleitoral do PSDB”. Já o deputado federal Alexandre Padilha citou “descaso” com a população.

Estadão  

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