
Sanções do Ocidente à Rússia podem acirrar conflito
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Comissão Europeia anunciou novas sanções à Rússia na noite desta quinta-feira (24/2). As medidas foram comunicadas em declaração conjunta da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e do presidente da França, Emmanuel Macron.
Segundo Leyen, a sanção ao estado russo será em duas frentes: no mercado de capitais e no acesso à tecnologia de ponta. Na frente econômica, a Comissão Europeia afirma que as novas sanções terão “impacto considerável”.
“A economia russa já tinha estado sob forte pressão nas últimas semanas. Agora, esta situação só se irá agravar ainda mais. Estas sanções impedirão o crescimento económico da Rússia; elevarão os custos dos empréstimos obtidos; aumentarão a inflação; intensificarão as saídas de capitais; e erodirão progressivamente a sua base industrial”, afirmou a presidente da Comissão Europeia.
De acordo com Ursula von der Leyen, as sanções financeiras tem como alvo 70% do mercado bancário da Rússia e empresas estatais estratégicas, incluindo de defesa. Além disso, será afetado o setor de energia e de petróleo, “tornando impossível para a Rússia modernizar suas refinarias”.
Confira a declaração na íntegra (em inglês):
The package of massive and targeted sanctions approved tonight shows how united the EU is.
First, this package includes financial sanctions, targeting 70% of the Russian banking market and key state owned companies, including in defence. https://t.co/iKVGfnafKp
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) February 25, 2022
Em relação à tecnologia, a Comissão Europeia pretende impedir o acesso da Rússia à tecnologia de ponta. Para os países europeus, grande parte dos rendimentos da elite russa vem de componentes de alta tecnologia e software de ponta.
Os países da Europa pretendem ainda banir a venda de aeronaves e equipamentos para as linhas aéreas russas, bem como restringir vistos de diplomatas e empresários russos à União Europeia.