Aliados de Bolsonaro dizem que sua rejeição caiu após auxílio e boca fechada

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Foto: Reprodução

Apesar da crise do reajuste dos combustíveis, o clima da reunião de coordenação política da campanha de Jair Bolsonaro, no último sábado, na sede do PL em Brasília, era de comemoração.

Isso porque os resultados das pesquisas qualitativas quinzenais feitas pelo PL para Bolsonaro apontaram uma redução na rejeição do presidente da República.

Na interpretação do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que expôs os detalhes aos companheiros de campanha, a melhora foi provocada em parte pelo fato de Bolsonaro ter parado de atacar a vacinação e, em parte, pelo aumento do Auxílio Brasil para R$ 400.

Segundo aliados do presidente que participaram da reunião, foi a primeira vez que as qualitativas mostraram o resultado da mudança de discurso do presidente, por que seus principais auxiliares políticos insistiram muito, ao longo de meses.

Para esses aliados, as pesquisas provaram a Bolsonaro a importância da “política profissional”. “Até hoje, as qualitativas dele eram as redes sociais bolsonaristas. Agora, ele vai dar mais ouvido à política”, diz um dos aliados.

Bolsonaro, que esteve no PL no sábado, passou um bom tempo fechado com Valdemar discutindo as pesquisas e outros assuntos.

Embora as qualitativas não tenham ainda captado o efeito da alta dos combustíveis sobre a imagem de Bolsonaro, a reação do presidente também já teria sido pautada pela compreensão de que a população quer uma solução política para ajudar a reduzir os preços.

Mas as pesquisas apontaram que a campanha à reeleição tem um ponto fraco: a falta de mais figuras políticas fortes que ajudem a angariar votos na região Sudeste.

Essa carência deve ser atacada não só na estratégia da campanha, como também na reforma ministerial. Nomes do Rio, de Minas e de São Paulo devem ser privilegiados na substituição dos ministros que vão disputar as eleições.

O Globo