Brasil oscila entre apoio e rejeição a guerra da Rússia

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Após o Brasil dizer “sim”, ontem, junto a outros 140 países, à resolução da ONU condenando os ataques russos à Ucrânia, sinais contraditórios da política externa do País sobre o conflito mais uma vez foram tema de discussões acaloradas em grupos de diplomatas.

Da “neutralidade” citada por Bolsonaro ao “equilíbrio” expresso por Carlos França e as críticas contundentes de Hamilton Mourão, a leitura é de que a falta de rumo pode isolar ainda mais o Brasil. Diplomatas têm demonstrado preocupação sobre como a falta de clareza do Estado brasileiro sobre os ataques têm repercutido internacionalmente e contribuindo para piorar a imagem já desgastada da política externa do País.

ORIGENS. O diplomata Paulo Roberto de Almeida colocou a política externa bolsonarista como o final trágico de uma trajetória iniciada por um “aparelhamento lulopetista” no Itamaraty: “Com o PT, a ‘pizza diplomática’ até que resistiu bem: só tinha umas fatias de cubanices e bolivarianices”.

ORIGENS 2. “Desde 2019, a ‘pizza’ foi contaminada por um molho bolsonarista inaceitáveis para os princípios de nossa tradição”, escreveu Almeida, no Facebook.

OLHA AÍ. Ganharam destaque entre membros do corpo diplomático brasileiro printscreens de jornais internacionais que, apesar do voto contra a Rússia na ONU, ainda veem o Brasil como simpático à causa russa. O britânico Daily Mail, por exemplo, destacou ontem as contradições do Brasil e visão “favorável” de Jair Bolsonaro sobre Vladimir Putin

Estadão