Dallagnol pode ficar inelegível por extorquir MPF

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Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER

O Tribunal de Contas da União (TCU) julga nesta quarta-feira (23) o processo sobre o pagamento de diárias e passagens para os procuradores da força tarefa da Lava Jato em Curitiba.

O Ministério Público junto à Corte entendeu que o modelo utilizado não representou o menor custo possível. Em vez de serem transferidos para a capital do Paraná, recebiam diárias e passagens como se estivessem em situação transitória, mesmo passando a maior parte do tempo trabalhando lá.

De acordo com os auditores, o dano ao erário foi de R$ 2,2 milhões, que podem chegar a R$ 2,7 milhões em valores atualizados.

Caso condenados, os procuradores deverão devolver os valores recebidos. O então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o procurador-chefe do Paraná, João Vicente Romão, e o líder da força-tarefa, Deltan Dallagnol, também respondem solidariamente e podem ficar inelegíveis.

Dallagnol pediu exoneração do Ministério Público e filiou-se ao Podemos no ano passado. O plano da legenda é lançá-lo como candidato a deputado federal pelo Paraná.

O relator do processo, Bruno Dantas, poderia decidir por despacho individual, mas preferiu levar o tema ao plenário. Caso os ministros concordem com o entendimento de que houve prejuízo, os citados serão notificados para que apresentem defesa em até 15 dias. A expectativa é de que em pouco mais de um mês seja concluída a análise do mérito.

Folha