Dono do partido de Bolsonaro chamou bolsonaristas de “fanáticos”

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Foto: José Cruz/ABr

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, avaliou que esta será “a eleição mais difícil” da história. A avaliação ocorreu durante reunião com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, quando ele também se comprometeu a atuar no combate às “fake news”.

O PL é a nova casa do presidente Jair Bolsonaro, que tem feito reiterados ataques às urnas eletrônicas e levantado suspeitas infundadas sobre o sistema de votação.

O encontro aconteceu na quarta-feira. O vice-presidente da Corte, Alexandre de Moraes, também participou.
Segundo uma fonte que esteve na reunião, Valdemar demonstrou preocupação com o “radicalismo” do cenário político nacional e classificou como “fanáticos” tanto apoiadores de Bolsonaro quanto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na avaliação do dirigente, esta “vai ser uma eleição muito difícil”.

“O pior problema que nós vamos ter que enfrentar é que vai ser uma eleição radical. Vai ser, eu acho, a eleição mais difícil da história”, disse Valdemar aos ministros.

O dirigente também contou que, desde que o presidente se filiou à legenda, ele tem sido apresentado a “grupos de extrema direita”. Na avaliação dele, “Bolsonaro tirou esse pessoal do armário”.

“Eu não sabia que existia isso no Brasil. E é um pessoal que não é desqualificado, mas é radicalmente de direita”, apontou.

Valdemar disse ainda que o maior desafio vai ser “enfrentar o pessoal do Lula”, que também seria “fanático”.

Fachin e Moraes têm se encontrado com presidentes de partidos para reuniões individuais. No mesmo dia, eles receberam dirigentes do União Brasil, Rede e Avante.

Eles também já se reuniram com representantes do PSDB, PSOL, Solidariedade, PDT, PCdoB, Republicanos e PSD. Até o fim do mês, a ideia é que eles se encontrem com os presidentes das demais siglas.

De maneira geral, durante as reuniões, a cúpula do TSE tem feito três pedidos às lideranças partidárias: para que ajudem no combate à disseminação de notícias falsas, participem dos eventos de auditorias das urnas, e ajudem a incentivar o eleitorado mais jovem a participar das eleições.

Valor Econômico