Mourão também quer manter ministro da Educação após escândalo

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Bruno Batista/Vice-Presidência/19-03-2022

O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou nesta quarta-feira as suspeitas de tráfico de influência no Ministério da Educação e disse que, por enquanto, não há motivo para o ministro Milton Ribeiro. De acordo com Mourão, por enquanto só há “indícios” que precisam ser comprovados.

— Enquanto não houver um esclarecimento bom a respeito disso aí, acho que não há problema dele continuar no governo, até pela forma como o ministro se comporta. Eu tenho profundo respeito por ele — disse Mourão, ao chegar no Palácio do Planalto.

Já o vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado federal Luis Miranda (Republicanos-DF) pediu a saída de Ribeiro: “Já temos novo Ministro da Educação? Ou os esquemas vão continuar? Déjà vu… acho que já vi esse filme!”, publicou Miranda, que no ano passado denunciou na CPI da Covid um suposto esquema de corrupção na compra de vacinas contra Covid-19 no Ministério da Saúde.

Sem cargos públicos, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura atuam como assessores informais do Ministério da Educação, intermediando reuniões com gestores municipais, conforme revelou o jornal “O Estado de S. Paulo”.

Questionado se isso não causava estranheza, o vice-presidente disse que é preciso confirmar a atuação deles.

— Eu não sei desse assunto. Isso aí tudo por enquanto são indícios. Quando se confirmar, a gente pode tomar uma posição mais clara.

Sobre a gravação em que Ribeiro afirma que houve um “pedido especial” de Bolsonaro para atender aos pleitos do pastor Gilmar Santos, Mourão disse que é preciso saber se houve uma edição. O áudio foi divulgado pelo jornal “Folha de S.Paulo”.

— Uma gravação, né? Você não sabe se aquilo está editado se não está editado. Então a gente não pode, a priori, chegar emitir um juízo de valor.

O Globo