Noiva de Lula tem papel ativo na campanha dele

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Foto: Reprodução

A socióloga Rosângela da Silva, a Janja, ficou conhecida no Brasil como a noiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas em plena pré-campanha do petista, Janja extrapola o rótulo de companheira do ex-presidente, que tem liderado as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República.

Janja tem tido voz ativa nas articulações do PT com movimentos de mulheres e com artistas, e ainda na articulação sobre direito dos animais, um assunto relativamente novo nas discussões do PT e que terá espaço na campanha petista ao Palácio do Planalto.

A afinidade de Janja com esse assunto tem contribuído para chamar a atenção para o tema. Em outubro do ano passado, ela esteve presente na criação de um setorial do partido para tratar exclusivamente do tópico. Na ocasião, o partido divulgou um manifesto e elegeu o lema “Pela vida das pessoas e de todos os animais”, que engloba a elaboração de uma política nacional para uma “interação justa e saudável entre animais humanos e não humanos”.

Na última semana, com a participação de Janja e de Lula, o setorial se reuniu com ONGs e influenciadores digitais, como Luisa Mell e Bela Gil, entre outros, para receber sugestões a serem incorporadas ao programa de Lula.

 

Entre essas sugestões, estão projetos de lei que já tramitam no Congresso e versam sobre a criação de um sistema de proteção e defesa de bem-estar animal, além de um SUS (Sistema Único de Saúde) e um Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para animais.

Outra proposta já encaminhada na Câmara e que terá ênfase na campanha petista será a proibição da prática de prender pássaros em gaiolas.

No encontro, Lula, ao lado de Janja, mostrou-se totalmente favorável à incorporação dos temas ao programa de governo e disse que, desde a criação do setorial, vem aprendendo sobre o assunto. Ele ainda apontou a necessidade de que esse tipo de formação ocorra nas escolas.

 

Janja se mostrou sensibilizada com denúncias de exportação de animais vivos, situação extremamente degradante contra a qual o setorial deverá se debruçar para tentar coibir.

Outras propostas apontadas por ONGs e acatadas pelo PT envolvem combate ao tráfico de animais, criação de um plano nacional de contingência de desastre em massa envolvendo os animais, criação de um programa permanente de castração de cães e gatos, além de propostas para coibir a crueldade extrema de animais de produção, ou seja, aqueles que são vendidos para alimentação.

“Embaixadora Resistência”
Não raramente, Janja usava suas redes sociais com o objetivo de buscar casas para animais abandonados, e ela própria adotou uma cadelinha que vivia no acampamento Lula Livre, formado em frente à Polícia Federal, em Curitiba. A vigília foi mantida durante os 580 dias de Lula na prisão. Quando saiu, Janja e Lula decidiram levar a cachorrinha para casa, em São Paulo, e a chamaram de Resistência.

Nesta semana, durante o encontro setorial do partido para esse tema, Resistência foi nomeada “embaixadora” dos direitos dos animais, e recebeu um diploma que foi assinado com as patinhas.

“Janja não se considera uma ativista, mas ela demonstrou total sensibilidade com o assunto”, defendeu Vanessa Negrini, coordenadora do setorial no PT.

 

Metrópoles