Pacheco nega que pretendia ser presidente
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou nesta terça-feira, em Belo Horizonte, que nunca se declarou candidato à Presidência da República, ao ser questionado se desistiu de disputar o Palácio do Planalto.
“Na verdade, eu nunca afirmei uma candidatura à Presidência da República. O meu partido, o PSD, deseja ter candidatura própria. Eu recebi um convite do presidente do partido, da Executiva e dos parlamentares para uma candidatura pelo PSD, e é uma avaliação que ainda não foi feita plenamente por mim. Mas é natural que o partido queira ter uma candidatura própria, e no momento certo isso será afirmado pelo partido. Então vamos aguardar e, com o tempo, nós vamos resolver isso”, declarou Pacheco, na saída de um congresso com vereadores de Minas Gerais.
Testado em pesquisas eleitorais como presidenciável desde o final do ano passado, quando saiu do DEM para o partido de Gilberto Kassab, o senador ficou estagnado na casa do 1% de intenções de voto, praticamente empatado com outros postulantes da chamada terceira via.
Pacheco também disse que a decisão sobre uma possível candidatura do PSD à Presidência — o que inclui a possibilidade de importar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB — deve sair em breve. “Isso naturalmente me envolve, certamente eu farei parte dessa discussão, mas não necessariamente como candidato”, afirmou.
A jornalistas, ele reforçou a vontade de pautar projetos importantes no Senado mesmo em ano eleitoral, argumentando que “eleição é muito importante, mas não é uma questão única no Brasil no ano de 2022”.
Instado a comentar a aproximação do prefeito de BH, Alexandre Kalil, que é do seu partido, com o ex-presidente Lula, Pacheco lembrou que o correligionário é pré-candidato ao Governo de Minas Gerais e disse ser natural que ele tenha as “conversas próprias da política”.
“Assim como há conversas com o Partido dos Trabalhadores, devem haver também com outros partidos políticos. Aí, vamos dizer, são os candidatos e os partidos locais que têm que fazer essas conversas políticas”, declarou.
“Eu tô estabelecendo um foco muito forte nos próximos dias, nos próximos meses, na pauta do Senado, na pauta institucional, na pauta política, não eleitoral, na pauta política de projetos que nós precisamos aprovar. Mas é natural que todos os pré-candidatos de todos os partidos políticos se conversem entre si e se organizem para a melhor plataforma possível”, complementou Pacheco.
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