Petrobras silencia sobre aumento dos combustíveis
Foto: Alan Santos/PR
A Petrobras manteve o silêncio nesta quarta-feira, 16, depois de novas críticas e cobranças feitas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). A política de preços da estatal continua na berlinda. Internamente, todos estão atentos em torno da cúpula da empresa, especialmente o presidente da companhia, o general da reserva Joaquim Silva e Luna. A leitura dos funcionários é a de que pode estar vindo de Brasília um movimento político para enfraquecer ou até mesmo derrubar o comando da petroleira. Fontes da Jovem Pan dizem que a hora é de trabalhar mais e falar menos, para não colocar mais ‘gasolina na fogueira’.
O presidente Bolsonaro declarou em entrevista nas últimas horas que poderia trocar o presidente da Petrobras, embora tenha ressaltado que não estava dizendo que iria promover trocar no comando da estatal. Para que haja uma troca não basta apenas a vontade da União, que é acionista majoritária, é preciso ter também suporte e apoio da maioria do conselho. Em abril, a nova composição do Conselho de Administração da Petrobras será conhecida. O governo já indicou novos nomes, entre eles o do Presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Rodolfo Landim, que pode ser o futuro presidente do conselho da estatal. Ele já trabalhou na empresa e presidiu a BR. A pressão na Petrobras é grande, mas pode diminuir em breve, já que o barril do petróleo do tipo Brent, que chegou a custar quase US$ 140, sofreu uma nova queda nesta quarta-feira, 16, e fechou pouco a cima de US$ 98. Com o dólar abaixo de R$ 5,10, é possível ter queda nos preços da gasolina e do diesel nos próximos dias.