PSOL faz 12 exigências para apoiar Lula
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O PSOL e o PT começam uma série de reuniões nesta quarta-feira, 9, para definir uma pauta conjunta para as eleições deste ano. Um programa de governo que traga propostas sugeridas pelo PSOL é condição do partido para se aliar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste ano, uma vez que uma série de dirigentes do partido, a começar pelo presidente da sigla, Juliano Medeiros, vem fazendo contundentes críticas à aliança feita pelo petista com o antigo rival Geraldo Alckmin, que está em vias de se filiar ao PSB para participar do pleito neste ano como vice de Lula.
Embora haja uma série de entusiastas da aliança, como o ex-candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos, o partido fez exigências públicas sobre a construção dessa pauta. São ao todo doze itens, mas três deles são tidos como prioritários. Lula, ciente dessas reivindicações, já tem feito discursos em linha com as demandas: revogação das reformas trabalhista e da Previdência, com a introdução de regras de proteção para pessoas que trabalham por aplicativos; fim do teto de gastos; implementação de uma reforma tributária que crie impostos sobre grandes fortunas e sobre heranças e, por fim, uma agenda ambiental mais “ousada”, nas palavras do partido, que balanceie preservação e desenvolvimento sustentável.
Tivemos hoje em Brasília a primeira reunião entre PSOL e PT para debater um programa de unidade da esquerda para o Brasil. Vamos juntos derrotar o atraso! pic.twitter.com/NSJYcd63S6
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) March 9, 2022
O PT vem tentando criar uma federação partidária com as legendas de esquerda e tem tratativas mais adiantadas com o PSB. Dirigentes do partido avaliam que, mesmo que um acordo dessa natureza não seja possível, seria estratégico para a campanha de Lula contar com apoios, por meio de coligações, com PSOL, PV, PCdoB e Rede.