Repúdio à guerra é maioria nas redes sociais
Desde que foi iniciada, há nove dias, a invasão da Rússia à Ucrânia se tornou o tema mais comentado por usuários brasileiros nas redes sociais, onde a maioria adotou posições contrárias ao conflito armado. O indicativo consta em levantamento inédito da agência .Map, com base em 2,5 milhões de publicações no Facebook e no Twitter entre 23 de fevereiro e 2 de março. Das postagens sobre o conflito, 57% era de posições contrárias à guerra.
De acordo com a análise, os conteúdos publicados em meio ao confronto incluíram preocupações com imigrantes brasileiros e cobranças por ajuda humanitária do governo em auxílio deles, bem como reações às posições de Hamilton Mourão sobre a questão (o vice-presidente defendeu que a comunidade internacional se mobilize contra os russos, usando a força).
Houve também debates sobre o tom ameno de Jair Bolsonaro diante de Vladimir Putin, mesmo com a clara posição da diplomacia brasileira na ONU contra o embate internacional.
Ainda de acordo com a .Map, as eleições deste ano foram o segundo assunto mais comentado no mesmo período (a aprovação das redes a Bolsonaro e a Lula foi respectivamente, de 42,7% e 42,5%, um empate). Em terceiro lugar, ficou a liberação do aborto na Colômbia.
O Globo