
Bolsonaro continua ampliando gasto público sem lastro por eleição
Foto: Adriano Machado/Reuters
Não são apenas os gastos com programas sociais, como o Auxílio Brasil, que foram turbinados por Jair Bolsonaro neste ano eleitoral. O presidente também ampliou as transferências voluntárias para investimentos em Estados e municípios no início de 2022 e superou até Dilma Rousseff (PT), em 2014, em sua campanha pela reeleição. Até março, Bolsonaro aplicou o equivalente a 8% do que planejou em investimentos neste ano, Dilma não passou de 5,8%. Os recursos viram obras e podem ajudar a melhorar a imagem do presidente na véspera da eleição. A região que recebeu mais dinheiro foi justamente o Nordeste, área em que Lula tem mais vantagem sobre o presidente na preferência do eleitorado.
Quatro em cada dez reais investidos por Bolsonaro foram para o Nordeste. Em que pese a vontade política de ambos de ficar na cadeira, Dilma enfrentava maior restrição fiscal. Já Bolsonaro usou a PEC dos Precatórios em 2021 para alargar em R$ 106 bilhões o limite até então imposto pelo teto de gastos.
O setor bancário enfrenta, em duas frentes simultâneas, nova tentativa de aumento de impostos. O Ministério da Economia planeja elevar a CSLL de 20% para 21% para bancar o novo Refis. Já senadores querem analisar um projeto de Angelo Coronel (PSD-BA) para elevar o ISS, nos municípios, de 5% para 7%.