Bolsonaro veta tentativa de aliados de diminuir tensão com o Supremo

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Foto: Cristiano Mariz/Agência O GLOBO

Diferentemente de outras crises que enfrentou com o Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro não deu aval para que integrantes do governo façam gestos para distensionar a relação com a corte. Dois integrantes do governo confirmaram à coluna terem procurado magistrados do Supremo, mas pediram anonimato, pois afirmam que o movimento aconteceu à revelia do presidente e que o gesto iria desagradá-lo.

Um ministro que também costuma entrar em ação para apaziguar os ânimos entre o presidente e o STF disse que, desta vez, não atuou porque não ter autorização do presidente para agir. O sinal que Bolsonaro tem dado, inclusive, é que pretende usar o embate com o Supremo na sua campanha eleitoral. Integrantes do núcleo da campanha, inclusive, chegaram a celebrar o novo confronto, afirmando que pesquisas qualitativas mostraram que o episódio teres sido “positivo” para ele.

Nas conversas que tiveram entre domingo e segunda, membros do governo se queixaram da fala de Luís Roberto Barroso sobre as Forças Armadas estarem sendo “orientadas a atacar o processo eleitoral”. A mensagem levada por membros do governo a ministros do Supremo foi a de qu manifestações desse tipo só vão piorar o clima já tenso entre os poderes.

Entre os membros da corte, a fala de Barroso dividiu opiniões. Parte avalia que era necessário dar uma resposta a movimentos recentes em que o Exército colocou em xeque o sistema eleitoral brasileiro. Outra ala avalia que o momento já está tenso demais para esse tipo de posicionamento ser ecoado.

O Globo