Candidatos burlam Federações dos seus partidos e apoiam adversários

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Foto: Divulgação/Câmara

Criadas para unificar siglas, as federações não devem garantir fidelidade partidária nos palanques estaduais. Quadros do PSDB e Cidadania, por exemplo, trabalham informalmente por candidaturas antagônicas em pelo menos três Estados. A situação é vista com estranheza no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde já são esperadas disputas na Justiça sobre esse tipo de divergência. No Distrito Federal, tucanos tentam viabilizar o senador Izalci Lucas ao governo, já o Cidadania aposta em Reguffe (União) para impedir a reeleição de Ibaneis Rocha (MDB). “Izalci é muito trabalhador, mas ainda não conseguiu agregar nenhum partido à sua pré-candidatura”, declarou à Coluna a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF).

O estatuto da federação dá mais poder à sigla com mais representantes eleitos, o que garante vantagem ao PSDB no DF. Lá, os tucanos contam com um senador; o Cidadania, com uma deputada federal. Nesse caso, a cadeira no Senado tem peso maior.

Apesar de a norma prever consenso entre os federados, os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e do Cidadania, Roberto Freire, admitem as divergências. Ambos estiveram na reunião com diretórios do Pará na qual deram aval às lideranças locais para apoiar pré-candidaturas rivais.

Na corte eleitoral, no entanto, há um entendimento de que essas divergências, mesmo que informais, não são compatíveis com a ideia de federação, embora não esteja expressa na lei. Às siglas, é bom pensar em 2024…

Estadão