Centrão tenta barrar investigação da roubalheira no MEC

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Foto: Cristiano Mariz

Partidos do Centrão articulam para impedir a instalação de uma comissão parlamentar mista de inquérito para investigar as denúncias de corrupção no Ministério da Educação.

Requerimento do deputado professor Israel Batista tem cerca de 100 das 171 assinaturas necessárias para a instalação na Câmara e apenas dez dos 27 endossos de senadores.

Nenhum deputado dos partidos da base do apoio do governo, como PP de Ciro Nogueira, PL de Valdemar Costa Neto ou Republicanos de Marcos Pereira, endossou o documento.

A oposição ainda tenta angariar apoiamentos com as novas denúncias de má gestão de dinheiro público que surgiram no final de semana.

A saída de Milton Ribeiro do comando da pasta após as denúncias de influência dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos na liberação de recursos não tirou o desgaste do colo do governo.

Nesta segunda, o ministro Walton Alencar, do TCU, liberou uma inspeção para apurar possíveis irregularidades no órgão. Defendeu o ministro:

“A gravidade dos fatos exige atuação imediata desta Corte, não sendo prudente postergar as apurações para processo de fiscalização ainda a ser instaurado. Do contrário, como a abrangência da fiscalização aprovada pelo Plenário é maior do que a questão tratada nestes autos, mostra-se mais adequado que apuração a ser realizada na presente representação seja iniciada com a maior brevidade possível e, dessa forma, conceda subsídios para a fiscalização mais abrangente”.

Ao tentar barrar a instalação da CPMI, o Centrão quer evitar um novo episódio como o da CPI da Pandemia, que desgastou o governo de Jair Bolsonaro. A ideia é impedir novas crises em pleno ano eleitoral, quando o presidente tenta se reeleger ao Planalto.

O Globo