Evento de vereadores se divide entre lulistas e bolsonaristas

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recebido na tarde desta quinta-feira (28) com aplausos e vaias em evento de vereadores em Brasília.

Enquanto o chefe do Executivo discursava, a plateia da Marcha dos Legislativos Municipais oscilava entre gritos de “mito” e “olê, olê, olá, Lula, Lula”. Em menor grau, ao final, foi possível ouvir alguns participantes chamando-o de “miliciano”.

“Meus irmãos vereadores, estou em casa”, disse Bolsonaro, numa fala de poucos minutos. Havia centenas de parlamentares municipais no local.

O presidente disse ainda estar emocionado e que “não tem preço o calor humano, a simpatia e a consideração, que é recíproca”.

O presidente Jair Bolsonaro (PL)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) – Evaristo Sá/AFP

A fala de Bolsonaro foi antecedida por Gilson Conzati, presidente da União dos Vereadores do Brasil (UVB), organizadora do evento, que se desculpou indiretamente pelas vaias. “Minhas desculpas por esse evento, pela forma [com] que alguns não gostaram”, disse.

“Mas fica meu carinho e gratidão a cada um de vocês, e volto especialmente ao presidente da República, que veio prestigiar não a UVB, mas aos senhores e às senhoras”, completou.

Bolsonaro foi o primeiro presidente a participar da marcha, segundo organizadores. Ele fora acompanhado do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Sul.

No estado, o presidente terá palanque duplo: o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) também concorre ao Palácio Piratini.

Na ocasião, foi aplaudido pelos participantes e destacou a sanção da nova Lei de Improbidade Administrativa, que limitou a possibilidade de o Ministério Público ajuizar ações decorrentes de discordância sobre a gestão pública ao revisar o trecho que estipulava punições por violação a princípios da administração —conceito que os políticos consideram bastante subjetivo e passível de interpretações.

Bolsonaro disse, na ocasião, esperar “que o Poder Judiciário e o Ministério Público possam assimilar essa vontade popular e façam prevalecer aquilo que o povo brasileiro, através do Congresso Nacional, em relação à lei de improbidade administrativa”.

Folha