Militares do governo insuflaram Bolsonaro a dar indulto
Jair Bolsonaro quis ouvir dois militares de seu governo sobre a estratégia que pretendia adotar em relação à condenação de Daniel Silveira pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente fez questão de incluir nas conversas com membros da área jurídica do governo que o orientaram o general Braga Netto, que deve ser seu vice nas eleições deste ano, e o secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, o Almirante Flávio Rocha.
Braga Netto e Rocha participaram das reuniões realizadas por Bolsonaro na quinta-feira no Palácio do Alvorada que selaram o decreto que concedeu perdão a Silveira. Ambos concordaram com a necessidade de “marcar uma posição mais incisiva” sobre o STF. A avaliação dos militares foi de que uma medida forte deveria ser tomada de “modo constitucional e sem açodamento”.
Há mais de uma semana Bolsonaro estudava uma reação para enfrentar o Supremo. Nas vésperas do julgamento que condenou o deputado à prisão e o tornou inelegível, o presidente disse a Daniel Silveira para não agir, que a briga com a corte é dele e que o próprio conduziria a situação.
O Globo