Terceira via encolhe até sem Moro no meio

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Os pré-candidatos à Presidência da República que se apresentam como alternativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL) andam de lado na nova pesquisa eleitoral divulgada nesta quarta-feira, 6, pelo instituto Paraná Pesquisas.

A senadora Simone Tebet (MDB), que vem ganhando corpo nas últimas movimentações como uma possível cabeça de chapa na coligação formada por MDB, União Brasil e PSDB, alcançou apenas 0,6% das intenções de voto no principal cenário pesquisado.

Seu desempenho é inferior, por exemplo, ao do ex-governador de São Paulo João Doria, que vem tendo sua candidatura contestada dentro do próprio PSDB — ele atinge 2,3% das intenções de voto.

O mais bem posicionado na tentativa de tirar Bolsonaro ou Lula do segundo turno (mas ainda muito longe) continua sendo o ex-juiz Sergio Moro, que já teve as portas fechadas a sua pretensão presidencial no seu novo partido, o União Brasil — ele alcança 7,1% das intenções de voto.

O ex-governador Ciro Gomes (PDT), que por ora não é cotado nessa tentativa de candidatura única da terceira via, tem 5,4%. Os líderes da corrida continuam sendo Lula, com 40%, e Bolsonaro, com 32,7% (veja quadro abaixo).

Levantamento anterior feito com o mesmo cenário, em março, dá a dimensão da estagnação da terceira via, uma vez que mostra que as oscilações se dão apenas dentro da margem de erro. Tebet tinha 0,4% das intenções de voto. Doria oscilou 0,1% (tinha 2,2%). Moro tinha quase a mesma coisa que agora (7,4%), ao passo que Ciro apresentava um número um pouco maior (6,8%). Já Lula e Bolsonaro melhoraram ante o último mês, mas também sem escapar da margem de erro: o petista tinha 38,9% das intenções de voto, e o atual presidente alcançava 30,9%.

A pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 6, ouviu presencialmente 2.020 pessoas em 164 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal, entre os dias 31 de março e 5 de abril. Segundo o instituto, a margem de erro é de aproximadamente 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-08065/2022.

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