Aras ameaça fisicamente colega do MPF

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procurador-geral da República, Augusto Aras, bateu boca e partiu para cima de um colega durante sessão extraordinária do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) nesta terça-feira (24).

O conflito interrompeu uma votação de candidatos para as sete câmaras de coordenação e revisão do MPF. Ao todo, 27 subprocuradores-gerais da República apresentaram seus nomes para liderar as câmaras temáticas no biênio entre 2022 e 2024.

Um tumulto verbal entre conselheiros antecedeu o embate, ocorrido entre Aras e o conselheiro Nivio de Freitas Silva Filho.

A imagem mostra uma tela de computador em uma videoconferênica; do lado esquerdo está Aras, que veste um terno preto e gravata laranja. Ele está sentando, e faz um movimento brusco para levantar da cadeira; ao lado direito, está um homem careca, com óculos e terno preto. Ele observa a situação
O procurador-geral da República, Augusto Aras, levanta para bater boca durante sessão extraordinária do Conselho Superior do Ministério Público Federal nesta terça-feira (24) – Reprodução

Com o dedo em riste e em direção a Freitas, Aras começou a pedir respeito entre os conselheiros. “Eu só não posso admitir aqui essa bagunça que o colega…”, disse o PGR, que preside o colegiado, antes de tentar retomar a votação.

“Não. Bagunça… Vossa excelência também interferiu quando o colega estava falando. Então se vossa excelência quer respeito, me respeite também”, respondeu o conselheiro Nivio de Freitas Silva Filho.

“Vossa excelência não é digno de respeito”, rebateu Aras. O bate-boca se intensificou.

Aras, então, levantou-se da cadeira e partiu em direção a Freitas. Outros colegas deixaram seus lugares, às pressas, para impedir o confronto físico (veja, abaixo, o momento da briga).

A sessão estava sendo transmitida pela internet e foi interrompida logo em seguida.

Cerca de dez minutos antes da confusão, Niveo de Freitas já tinha expressado contrariedade ao ser interrompido por Aras enquanto declarava seu voto em uma candidata. O PGR não deixou o conselheiro terminar de falar um dos nomes que havia escolhido.

Folha