Bolsonaro congela indicações para STJ e TSE para pressionar STF

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Foto: EVARISTO SA / AFP

A escolha para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não é única que Bolsonaro promete segurar. O presidente sinalizou a aliados que também não definirá tão cedo os nomes para ocuparem as duas vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O motivo é similar. Nenhum dos escolhidos pela corte estava entre os preferidos de Bolsonaro.

O presidente disse a aliados que, antes de bater o martelo em relação aos dois nomes que serão selecionados por ele, quer alinhar alguns pontos com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro deixou claro para integrantes do governo que não vai selecionar nenhum candidato, que tenha como “padrinho”, um magistrado que encampe críticas diretas a ele, seja este Supremo ou do próprio STJ.

Na semana passada, uma lista quádrupla foi feita por ministros do STJ, que votaram nos indicados para integrar a corte. Desses nomes saíram os juízes Messod Azulay Neto, do Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF-2), Ney Bello, do TRF-1, Paulo Sérgio Domingues, do TRF-3, e Fernando Quadros, do TRF-4.

Bolsonaro tinha como candidato favorito Carlos Pires Brandão, do TRF-1, nome apoiado pelo ministro do STF Kassio Nunes Marques. Ele também via com simpatia Cid Marconi, do TRF-5, que tinha como padrinho o presidente do STJ, Humberto Martins. Os dois ficaram de fora por não estarem entre os mais votados pelos ministros da corte. Os magistrados sabiam que essas nomeações seriam praticamente certas caso entrassem na lista quádrupla entregue a Bolsonaro.

O Globo