Empresariado já havia abandonado Doria
Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Não era apenas no PSDB que João Doria caminhava cada vez mais sozinho. Também entre empresários e investidores, ele vinha perdendo apoiadores que passaram a considerar Simone Tebet (MDB) candidata mais viável. Um manifesto em apoio à senadora já reuniu 3 mil nomes, que vão da indústria à Faria Lima, a exemplo de Candido Bracher, ex-presidente do Itaú Unibanco, Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, e Wolff Klabin, presidente do conselho da Klabin, além de economistas de linhagem tucana, como Armínio Fraga, Eliana Cardoso e Elena Landau – líder do plano econômico de Tebet. Eles dizem ver a senadora como capaz de reunir os “melhores nomes” para traçar políticas públicas e acalmar investidores.
Um dos responsáveis pelo plano de governo de Doria, Henrique Meirelles diz que, caso Tebet se interesse, pode ceder o trabalho desenvolvido pelas economistas Ana Carla Abrão, Zeina Latif e Vanessa Canedo para a sua equipe.
O adiamento da reunião da executiva do PSDB, prevista para hoje, pegou de surpresa até os seus membros. Aliado de Eduardo Leite, Nelson Marchezan (RS) estava dentro do avião, prestes a decolar para Brasília, quando foi avisado.
Arthur Virgílio, Candidato nas prévias do PSDB
“Em nome da dignidade do PSDB, as prévias devem ser arquivadas e retiradas do estatuto do partido, já que nada valem. Então, prévias nunca mais.”