Presidenciável do PSTU quer pôr armas também na mão de trabalhadores
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O pré-candidato ao Governo de São Paulo Altino Junior (PSTU) defende o armamento “da classe trabalhadora” paulista e nacional e chama o atual governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), de “irresponsável” pela fala na qual o tucano disse que “bandidos que reagirem e levantarem a arma para a polícia vão tomar bala”,
“A ação repressora depende muito da reação de quem você está combatendo”, afirmou ele em sabatina realizada pela Folha e UOL na manhã desta sexta-feira (6). “Não dá pra ir atirando de cara, como se fosse uma política de estado.”
O metroviário também afirmou que “para a desgraça dos trabalhadores”, Lula, Haddad e Alckmin “são o mesmo projeto” para “banqueiros continuarem banqueiros, latifundiários continuarem” e “o país continuar como está”.
“O problema da segurança pública não se resolve com armamento [das pessoas]. Mas a população tem que ter o direito de se armar para se contrapor às milícias armadas, ao crime organizado. É uma necessidade”, defende Junior.
Mas ele argumenta que a questão da segurança pública só será resolvida se a política atingir “o cerne, que é diminuir a pobreza, a miséria. Quanto mais pobreza e miséria, você alimenta o crime”.
Junior também é favorável à desmilitarização da Polícia Militar de SP —mantendo os servidores da categoria nas forças de segurança do estado. “Os soldados teriam direito a uma sindicalização, direito à greve, os seus comandantes deveriam ser eleitos democraticamente. Até para evitar desmandos”, afirma ele. “[Com isso] a sociedade [vai] ter controle sobre a polícia para a qual a gente em tese paga pra manter funcionando.”
A entrevista com o pré-candidato do PSTU conduzida pela apresentadora Fabíola Cidral, pelo colunista do UOL Leonardo Sakamoto e pela jornalista da Folha Carolina Linhares.
Às 16h desta sexta (6), o petista Fernando Haddad encerra essa série de sabatinas com postulantes ao Governo de SP.