TSE faz hoje novo mega teste com urnas eletrônicas

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Foto: Antonio Augusto/secom/TSE

Em meio aos embates com as Forças Armadas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza, a partir desta quarta-feira, uma nova etapa do Teste Público de Segurança das urnas eletrônicas. O evento, chamado Teste de Confirmação, tem o encerramento previsto para sexta-feira.

De acordo com a corte, os investigadores responsáveis pelos cinco planos de ataque considerados bem-sucedidos da última edição do teste, realizada em novembro do ano passado, vão retornar esta semana ao TSE para repetir, em uma versão ajustada do sistema de votação, os processos que identificaram vulnerabilidades.

Em novembro, os 26 investigadores selecionados pelo TSE realizaram 29 planos de ataques contra as urnas eletrônicas e, de acordo com o tribunal, somente cinco deles tiveram algum tipo de “achado” relevante.

Na ocasião, as vulnerabilidades foram detectadas, principalmente, nos sistemas de transmissão e recepção dos resultados.
Apesar de ter especialistas na área de cibersegurança, as Forças Armadas optaram por não participar desse processo, que tem como objetivo atestar a segurança das urnas eletrônicas.

A desconfiança em relação ao sistema de votação é alimentada pelo presidente Jair Bolsonaro, que é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por espalhar “fake news” sobre o tema.

Nas últimas semanas, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, tem feito cobranças ao TSE, especialmente no âmbito Comissão de Transparência Eleitoral, grupo criado para pensar maneiras de aperfeiçoar o sistema de votação.

Com um representante no colegiado, as Forças Armadas enviaram dezenas de questionamentos e sugestões para, supostamente, trazer mais segurança ao pleito.

Na segunda-feira, o TSE divulgou a resposta a sete delas, que chegaram após o encerramento do prazo estabelecido pela comissão. Uma das sugestões é que fossem incluídas no Teste Público de Segurança as urnas eletrônicas modelo do ano de 2020, que serão utilizadas nas eleições de outubro.

Segundo o tribunal, o novo equipamento tem a mesma arquitetura de segurança do modelo de 2015, que foi usado no teste em novembro.

Valor Econômico