Barco de ativistas foi encontrado

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Foto: Pedro Ladeira – 14.jun.22/Folhapress

Policiais do Amazonas localizaram neste domingo (19) a lancha em que viajavam o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, mortos há duas semanas no interior do estado.

De acordo com nota da Polícia Civil do Amazonas, a lancha foi localizada a cerca de 20 metros de profundidade. Estava “emborcada com seis sacos de areia para dificultar a flutuação, a uma distância de 30 metros da margem direita do rio Itaquaí, nas proximidades da comunidade Cachoeira”.

O local foi indicado, segundo a polícia, pelo suspeito Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, preso no sábado (18).

A Polícia Civil também disse no comunicado que foram quase cinco horas de operação. “Além do casco da lancha, também foram encontrados um motor Yamaha 40 hp, quatro tambores que eram de propriedade do Bruno, sendo três em terra firme e um submerso.” Participaram também a Polícia Militar do Amazonas, Marinha do Brasil e Corpo de Bombeiros.

Em entrevista coletiva na semana passada, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, havia dito que os criminosos retiraram o motor da embarcação usada pelo indigenista e pelo jornalista para que ela afundasse. Após o desaparecimento, as equipes de buscas fizeram, com equipamentos, varreduras no rio para encontrar a lancha.

Além de Jeferson, estão presos os irmãos Amarildo Oliveira, conhecido como Pelado, e Oseney Oliveira, conhecido como Dos Santos. Foi Pelado quem levou, segundo a polícia, ao local no qual os corpos de Dom e Bruno foram achados, na última quarta-feira (15).

Bruno e Dom estavam desaparecidos desde a manhã do dia 5 deste mês, um domingo, quando faziam uma viagem pelo Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país, com 8,5 milhões de hectares, no extremo oeste do Amazonas.

Após visita a uma base da Funai no Lago do Jaburu, pararam na comunidade São Rafael para uma reunião com um pescador conhecido como “Churrasco” e conversaram com a esposa dele, já que ele não se encontrava no local.

Em seguida, seguiram viagem pelo rio Itaquaí em direção a Atalaia do Norte, mas desapareceram no trecho. Segundo a Univaja, o trajeto dura cerca de duas horas.

Até o momento, três pessoas foram presas e há outros cinco suspeitos, segundo a PF, que já foram identificados por terem participado da ocultação dos cadáveres do jornalista e do indigenista.

Folha