Bolsonaro surta após mídia americana dizer que pediu ajuda a Biden contra Lula

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Foto: Chandan Khanna/AFP

O vazamento de informações de bastidores do encontro do presidente Jair Bolsonaro com o presidente norte-americano, Joe Biden, irritou a equipe do brasileiro. Segundo assessores de Bolsonaro, o presidente não confirma as informações divulgadas e reclamam que conversa reservada deveria ser mantido em sigilo.

Segundo assessores do presidente Joe Biden, em informações apuradas pela correspondente da GloboNews Raquel Krahenbuhl e pela agência Bloomberg, Bolsonaro insistiu na conversa com o colega dos Estados Unidos que as eleições no Brasil estão sob ameaça de fraudes, no que o norte-americano afirmou confiar totalmente no sistema eleitoral brasileiro.

Durante a conversa entre os dois, realizada durante a Cúpula das Américas na semana passada, Bolsonaro teria ainda pedido a Biden ajuda na sua reeleição, alegando que uma eventual vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva iria prejudicar interesses dos Estados Unidos no Brasil.

Nesta segunda-feira (13), Bolsonaro disse em entrevista que essas informações não passam de especulação e que a conversa entre ele e Joe Biden teve uma etapa totalmente reservada e que do lado dele e do ministro das Relações Exteriores, Carlos França, que participou dos encontros, nada seria divulgado.

Bolsonaro chegou a classificar o encontro com o colega dos Estados Unidos de “fantástico” e que ficou “maravilhado” com a reunião, que teria saído melhor do que ele esperava.

Já na versão divulgada reservadamente por assessores da Casa Branca, o encontro não foi tão amistoso assim e teve momentos de constrangimentos, quando Biden não concordou com a tese conspiratória do brasileiro de riscos para as eleições no Brasil neste ano.

Na avaliação de assessores, a equipe de Biden passou informações “distorcidas” da conversa para proteger a imagem do presidente dos Estados Unidos, que na parte pública evitou criar constrangimentos para o presidente Jair Bolsonaro. O tom da parte pública seguiu o roteiro combinado entre os dois governos, sem que nenhum dos lados criasse uma saia justa durante o evento.

Além de proteger Biden, o objetivo da equipe do presidente americano seria também desgastar a imagem do presidente brasileiro, criticado pelo governo dos Estados Unidos por suas declarações contra as urnas eletrônicas e sua política ambiental. Na parte pública, Biden não repetiu as críticas que costuma fazer ao que considera erros na área ambiental por parte do governo brasileiro.

G1