Fachin insinua que Bolsonaro tem “mente autoritária”

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Foto: Abdias Pinheiro/SECOM/TSE

Sem citar nomes, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin, disse nesta quarta-feira, que “mentes autoritárias” usam a desinformação para deseducar. Ele participou do Encontro Nacional de Escolas Judiciárias Eleitorais, realizado na Corte.

O principal crítico do sistema de votação eletrônico adotado no Brasil tem sido o presidente Jair Bolsonaro, que, mesmo sem provas, vêm colocando em dúvida a segurança das urnas. Na segunda-feira, em outro discurso, Fachin já havia rebatido algumas críticas feitas por Bolsonaro.

— A nossa esperança é por uma democracia integral, ao mesmo tempo política, econômica, ecológica, de raça e de gênero, num Estado democrático de direito e num Estado laico e numa sociedade livre, justa e solidária. É convocatório o tempo do agora. Mentes autoritárias assacam desinformações para deseducar. Cabe às mentes democráticas vigiar e educar para a paz cidadã — disse.

Ele ainda afirmou:

— Quem ameaça a democracia a rigor ameaça a própria vida em comunidade, porque a democracia é condição de possibilidade da coexistencialidade. E na democracia representativa, o voto é fruto de um processo reflexivo sobre as opções eleitorais, sobre o que cada um pensa à luz de seu projeto de vida e à luz de ser pertencente a uma dada sociedade sobre o que queremos como cidadão.

O ministro também disse que a qualidade da democracia está diretamente ligada ao fortalecimento de suas instituições. E avaliou que a percepção negativa da atividade política tem sido transferida também às instituições.

— Eleições livres, justas, diretas e periódicas, instituições em funcionamento, garantia da plena liberdade de expressão e do acesso à informação, pluripartidarismo, participação ativa e imprescindível dos partidos políticos e da sociedade como um todo são pressupostos para o estabelecimento de um sistema eleitoral que se pretenda democrático — disse Fachin.

O Globo