Fachin reclama de dificuldades impostas ao TSE

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Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou ontem que a Justiça Eleitoral tem enfrentado “dificuldades inusuais” para garantir a segurança das eleições deste ano. A declaração aconteceu durante um ato com líderes religiosos, para assinar acordos de cooperação visando a normalidade e o caráter pacífico do pleito.

“É cediço que a Justiça Eleitoral, na condição de instituição responsável pelo processamento pacífico das diferenças políticas, defronta, presentemente, dificuldades inusuais, como decorrência da crescente intolerância, do progressivo esgarçamento de laços e, sobretudo, do evidente processo de degradação de valores decorrente da expansão irrefreada do fenômeno da desinformação”, afirmou.

Fachin agradeceu às lideranças presentes por colaborarem com “a preservação do clima de serenidade e da natureza não conflituosa das eleições que se aproximam”, classificada por ele como uma “causa fundamental e urgente”.

“Atenta ao papel primordial cumprido pela religião na difusão de preceitos éticos e altos valores entre as pessoas, esta Casa de Justiça houve por bem reunir, nesta ocasião, em torno da causa democrática”, destacou.

Também presente no evento, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o Ministério Público Eleitoral (MPE) vai ser parceira do TSE nessa “cruzada” para garantir a legitimidade das eleições.

“O Ministério Público Eleitoral está ao lado da Justiça Eleitoral e convida a todos os senhores para essa grande cruzada que é preservar a lisura das eleições, a legitimidade das eleições, eleições sem abuso do poder econômico ou mesmo do político”, disse.

O evento ocorreu sem a participação das principais lideranças evangélicas do país. O segmento foi representado por nomes como a presidente da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), Edna Zilli.

Já a igreja católica enviou Dom Joel Portella Amado, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uma das entidades mais respeitadas do setor. Também participaram do evento representantes de religiões afro, budista, espírita, israelita e muçulmana.

Valor Econômico