
França pode desistir hoje de candidatura a governador
Foto: Edilson Dantas / Agencia O Globo
A divulgação nesta quinta-feira de uma pesquisa Datafolha sobre a eleição para o governo de São Paulo pode sacramentar a saída de Márcio França (PSB) da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Aliados que conversaram com o ex-governador nos últimos dias avaliam que ele já se decidiu pelo apoio ao petista Fernando Haddad, mas ainda tenta encontrar um discurso para justificar a sua desistência.
Como desde o começo do ano, França defendia que o critério para definir quem seria o candidato representante da chapa Lula-Alckmin na eleição de São Paulo deveria ser pesquisa, teria agora um argumento para retirar a sua pré-candidatura se o levantamento continuar a mostrar Haddad na frente.
Lula tem afirmado em conversas internas que gostaria de definir o seu palanque em São Paulo até sexta-feira. Na semana passada, o ex-presidente se encontrou com França.
Se a costura de Lula se confirmar, França aceitará concorrer ao Senado na chapa de Haddad. Os partidos da aliança, PT, PSB, PV, PCdoB, Rede e PSOL, devem iniciar, então, as discussões para a escolha do vice. O PSOL pleiteia o posto, mas a avaliação é que o escolhido precisa ter um perfil que indique sinalizações para eleitores fora do campo da esquerda.
Integrantes do PSB entendem que França tornou inviável a sua permanência na eleição porque não conseguiu nenhum partido aliado.O pré-candidato do PSB ainda mantém conversas com o PSD, mas seus aliados reconhecem que o partido presidido por Gilberto Kassab está mais próximo de um acordo com o pré-candidato do Republicanos, o ex-ministro Tarcísio de Freitas.
Na quarta-feira, Kassab se encontrou com Marcos Pereira, presidente do Republicanos. Após a reunião, o presidente do PSD continuou a dizer a integrantes do PSB que as conversas com França vão continuar. No Republicanos, a conclusão foi que as negociações para a aliança em São Paulo com o PSD avançaram.