Governo quer furar teto de gastos por eleição

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Foto: Cristiano Mariz/VEJA

Contra todos os alertas dados por Paulo Guedes, o núcleo político do Planalto prepara um pacote de medidas econômicas que tirem Jair Bolsonaro da paralisia nas pesquisas — ainda que isso resulte na ruptura do teto de gastos.

A ideia é adotar ações para baratear o gás de cozinha, ampliar benefícios sociais e segurar os preços em diferentes setores da economia.

O gatilho para essa nova investida populista foi a última rodada de pesquisas, que mostrou Lula confortável na liderança das corrida ao Planalto, surfando na crise econômica do atual governo.

O contraste é brutal para o Planalto. Com mais de 30 milhões de brasileiros passando fome, o governo ampliou sua arrecadação, distribui lucros bilionários a acionistas de estatais como a Petrobras enquanto Bolsonaro, por não ter o que destacar na área econômica, mergulha diariamente num discurso radical contra as instituições, o sistema eleitoral e outras “loucuras”, como diz um auxiliar dele.

Outro dia, num encontro com empresários, o presidente admitiu que não “leva jeito” para ser presidente. Em outro ponto, se meteu a falar do passeio de moto que fez com um foragido nos Estados Unidos. “O presidente está vazio. Não tem estratégia nem discurso”, diz um aliado.

É para criar algum discurso positivo na economia que a turma pretende abrir a temporada de anúncios na área social.

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