Janaína diz que se Lula vencer Datena pula no barco dele

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Pré-candidata ao Senado por São Paulo nas eleições deste ano, a deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB) acha “estranho” o presidente Jair Bolsonaro apoiar o apresentador José Luiz Datena (PSC) na disputa pela vaga.

Em entrevista exclusiva à coluna, a parlamentar disse que seu estranhamento vem do histórico de ligação de Datena com o ex-presidente Lula, em quem o apresentador disse já ter votado no passado.

A preocupação de Janaína se estende ao empresário Paulo Skaf (Republicanos), apontado como plano B de Bolsonaro na disputa ao Senado por São Paulo este ano, caso Datena desista.

“A minha preocupação como cidadã é a seguinte: se o presidente (Bolsonaro) perde e essas pessoas (Datena ou Skaf) são eleitas senadores, eu acredito que eles fecham com o Lula”, afirmou.

Na entrevista, Janaína lembrou declaração de Datena dizendo que seu último voto à Presidência foi em Lula. Também mencionou uma possível proximidade de Skaf com Lula e o PT.

A deputada também criticou outro possível adversário seu na disputa ao Senado: Sergio Moro. Para ela, o ex-juiz da Lava Jato deveria ser candidato pelo Paraná, seu estado natal, e não por São Paulo.

“O ex-juiz Sergio Moro deveria ter concorrido pelo Paraná, que é o estado dele. Eu queria entender, não estou dizendo que teve nenhuma ilicitude na transferência do título dele, eu inclusive o defendi quando instauraram inquérito para investigar essa transferência. Mas assim, como alguém quer representar um estado tendo nascido, crescido, trabalhado a vida inteira em outro estado e simplesmente tendo transferido o título as véspera da eleição?”, questionou a deputada.

A situação de Moro é parecida com a do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, apesar de ter nascido no Rio e ter feito carreira em Brasília, é pré-candidato de Bolsonaro ao governo de São Paulo.

Nesse caso, porém, Janaína afirmou que deverá votar em Tarcísio mesmo assim. Até mesmo se o ex-ministro da Infraestrutura não escolhê-la como a candidata ao Senado em sua chapa.

Metrópoles