Lira ligou ao Conselho da Petrobrás em nome de Bolsonaro
Foto: Cristiano Mariz
Ontem, por volta das 19h20, logo depois que ontem surgiu a informação de que hoje a Petrobras anunciará um novo reajuste do diesel e da gasolina, Arthur Lira telefonou para José Mauro Coelho.
Foi uma conversa áspera, em que o presidente da Câmara falou mais e o da Petrobras menos.
Lira iniciou pedindo que Coelho recuasse da decisão, comunicada na tarde de ontem ao conselho de administração da Petrobras, de reajustar os preços dos combustíveis. O executivo disse não ser possível.
A partir daí, Lira partiu para o ataque. Disse que o novo aumento era uma “falta de respeito ao povo brasileiro, que essa decisão prejudicava também a própria Petrobras e insistiu que ele deveria se demitir do cargo imediatamente.
Em seguida, elencou três possíveis consequências do reajuste, as mesmas que logo depois ele levaria aos líderes dos partidos num grupo de WhatsApp:
*Reavaliação da política de preços da Petrobras por parte da Câmara.
*Uma lei para dobrar a tributação sobre os lucros da empresa.
*E a abertura de uma CPI para apurar a gestão da atual diretoria da Petrobras. Lira considera temerária a decisão de hoje de reajuste. Avalia que cria instabilidade.
Durante a ligação, Lira, segundo relatos dele próprio a interlocutores, acusou:
— Você está trabalhando para algum concorrente da Petrobras?