Ministro da Justiça não sabe dizer que problemas têm as urnas

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Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O ministro da Justiça, Anderson Torres, defendeu nessa sexta-feira (10) envio pelo Ministério da Defesa de um ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no qual insista em que as sugestões das Forças Armadas sobre ”aperfeiçoamentos e segurança do processo eleitoral” sejam levadas em consideração. Torres está em Los Angeles, onde integra a delegação brasileira que participou da 9ª Cúpula das Américas.

O ministro enfatizou que tanto o Ministério da Defesa como a Polícia Federal “vão participar de todos os atos, de agora em diante”. “Houve um pedido legítimo do Ministério da Defesa e eu pergunto, por que negar? Tem alguma coisa a esconder ali? Fica essa coisa, não consigo entender, acho que tem de ser o mais transparente possível”, afirmou Torres.

“Existe alguma desconfiança em relação ao Ministério da Defesa? Existe alguma desconfiança em relação à Polícia Federal? Essas são as perguntas que eu tenho a fazer”, insistiu.

De acordo com o ministro, o objetivo do governo Bolsonaro é “que tenhamos eleições limpas, transparentes, quanto mais pública for a apuração, melhor será para o Brasil, para nossa democracia, e o Ministério da Defesa está fazendo a parte dele, assim como a Polícia Federal também está fazendo a parte dela”.

“Todos os anos foram feitas várias recomendações ao TSE pelos peritos da Polícia Federal, profissionais que trabalham e entendem disso. Como está chegando perto das eleições, de agora em diante, tem uma série de etapas até o dia da eleição, e tanto o Ministério da Justiça, através da Polícia Federal, e acredito do Ministério da Defesa, através das Forças Armadas, vamos fazer um acompanhamento. Agora é a reta final, com esses testes que vão fazer agora, vamos realmente ter a certeza se estão ou observando o que foi elencado por esses profissionais”, concluiu.

Em um ofício assinado nessa sexta-feira (10), o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, afirmou que as Forças Armadas “não se sentem devidamente prestigiadas” pelo TSE.

Endereçado ao presidente da Corte, ministro Edson Fachin, o documento cobra que sejam atendidas as sugestões feitas pelos militares para o sistema eleitoral e diz que “não interessa concluir o pleito sob a sombra da desconfiança”.

Valor Econômico