Moro quer disputar vaga de senador pelo PR

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Foto: O Globo

Poucas vezes a gente viu alguém se lançar na política e colecionar tantas derrotas seguidas quanto o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.

A decisão do TRE/SP de ontem, negando a transferência do seu domicílio eleitoral para São Paulo, foi ontem foi mais uma, mas nada indica que será a última.

A falta de tirocínio político e do entendimento do funcionamento do jogo partidário por parte de Moro podem estar armando novamente a cama pra mais um revés do ex-juiz.

Agora, ele decidiu disputar a eleição pelo Paraná. Beleza. Mas a que cargo? Neste ponto, as coisas começam a se complicar.

Aos mais próximos, em conversas reservadas, ele diz que pode disputar tanto uma cadeira de deputado federal ou de senador ou até mesmo o governo do Paraná pelo União Brasil. Mas nas entrelinhas deixa escapar que gostaria mesmo é de disputar o Senado.

Inclusive, neste caso, concorreria contra o seu ex-grande aliado e incentivador para sua entrada na política, o senador Álvaro Dias. Hoje, a relação dos dois está estremecida.

Mas este não é o problema de Moro. O difícil para ele será conseguir do União Brasil o o.k. pra ele ser candidato ao Senado pelo Paraná, estado em que o partido apoia Ratinho Jr ao governo — o governador que, aliás, é aliado de Jair Bolsonaro.

Em resumo, o que se tem como certo é que o União Brasil quer o Moro pra ser candidato a deputado federal, o mesmo plano que o partido tinha pra ele em São Paulo. A legenda o quer como um puxador de votos que o ajude a fazer eleger uma bancada mais gorda.

Depois de tantas derrotas desde que se lançou em novembro candidato a presidente pelo Podemos, Moro parece meio perdido. A decisão de ontem do TRE já era esperada por seus advogados. Nada mais natural que ele já tivesse um plano B pronto. Pelo visto, não tem.

Moro está voltando ao Paraná para ser candidato a um cargo, o de senador, sem ter combinado antes com os russos — “russo”, a propósito, era o apelido com o qual os integrantes da força-tarefa da Lava-Jato se referiam a ele.

O Globo