Servidores da Câmara querem volta do home-office

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Diante do aumento de casos da Covid-19, o sindicato que representa os servidores da Câmara dos Deputados, do Senado e do Tribunal de Contas da União (TCU), o Sindilegis, apresentou um ofício aos presidentes das instituições para pedir a retomada do uso obrigatório de máscaras. Eles também solicitam que o trabalho dos funcionários volte a ser remoto até que haja controle da taxa de transmissão no Distrito Federal.

Nos ofícios encaminhados ao presidente da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do TCU, Ana Arraes, o Sindilegis pede rigor na cobrança do comprovante de vacinação para ingressar nas instituições, além de acesso ao número de servidores e parlamentares que testaram positivo para a Covid-19.

No documento encaminhado à Câmara, o Sindilegis relata que passou a receber “diversas denúncias e apelos de servidores que se veem obrigadas a dividir o espaço de trabalho com colegas e parlamentares sob suspeita de contaminação”. “O risco é ainda maior pela entrada irrestrita de visitantes sem a manutenção de protocolos de biossegurança, como exigência de uso de máscaras de proteção facial e apresentação do comprovante de imunização”, diz o ofício. O clima no ambiente de trabalho é descrito como “de insegurança, medo e indignação”.

Como informou a coluna, servidores têm relatado um grande aumento de casos da doença na Câmara, com filas diárias de cerca de 20 pessoas no Departamento Médico da Casa. Procurada, a Câmara se recusou a fornecer dados sobre as contaminações.

No fim de maio, o sindicado já havia encaminhado ofícios pedindo o retorno da obrigatoriedade da máscaras na Câmara, suspensa desde março. A solicitação também abarcava o Senado e o TCU. Nada foi feito até o momento.

Diante do aumento de contaminações, o governo do DF recomendou, na semana passada, a volta do uso de máscara em ambientes fechados e públicos. Dados da Secretaria de Saúde mostram que houve aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI (56,98%) e de enfermaria para Covid-19 (110,71%), além de elevação na variação do número de casos de Covid-19 nos últimos 14 dias (192%).

Globo